Números da Nike devem impulsionar o Grupo SBF, dono da Centauro (SBFG3), diz Itaú BBA

A Nike divulgou nesta sexta-feira (30) seus números do primeiro trimestre do ano fiscal de 2023. A equipe de analistas do Itaú BBA aproveitou para avaliar os resultados da empresa, de forma que consiga capturar potenciais leituras cruzadas para o Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro e controlador da marca esportiva no Brasil.

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As operações da empresa na Ásia-Pacífico e América Latina (APLA) registraram o segundo maior crescimento da receita de suas regiões de operação, com alta de 16% na comparação de base anual (câmbio neutro), enquanto a margem Ebitda caiu 26 bps no ano a ano, para 32,6%, com o aumento dos custos de frete e logística.

“Problemas da cadeia de suprimentos continuam a afetar os resultados da empresa, principalmente na América do Norte, mas a Nike observou que está confortável com os níveis de estoque no APLA e está vendo melhorias nos tempos atuais”, diz o relatório.

Apesar do crescimento das vendas, os analistas do Itaú BBA mantém uma postura neutra. “Os números sólidos de crescimento da APLA corroboram nossa visão construtiva sobre vendas da Fisia (unidade do SBF que gere a Nike) nos próximos trimestres”, afirmam.

Por outro lado, o time do Itaú BBA acredita que o aumento dos custos logísticos pode afetar a lucratividade, especialmente quando combinado com a pressão cambial.

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A previsão da equipe é de uma margem bruta de 34,5% para a Fisia no terceiro trimestre de 2022, queda de 70 bps anual.

“Observa-se que há melhoria gradual contínua na cadeia de suprimentos da Nike, em linha com nossas expectativas, e deve desempenhar um papel fundamental na sustentação das fortes vendas da Fisia daqui para frente”, diz o texto.

Além disso, os analistas destacam que os atrasos e rupturas recentemente relatados nos produtos da Copa do Mundo (como as camisas amarelas da seleção brasileira de futebol) não estão relacionados aos da Nike, afetados em todo o mundo por questões da cadeia de abastecimento – é que são fabricados localmente.

De acordo com o relatório, o atraso foi causado pelo aumento da demanda em relação a copas anteriores, “mas o Grupo SBF espera que situação se normalize em outubro e a venda projetada de R$ 250 milhões em produtos da Copa do Mundo não seja impactada.”

O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações do Grupo SBF, com preço-alvo em R$ 35.

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Victória Anhesini

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