Grupo Bitcoin Banco tem recuperação judicial aceita pela Justiça

A Justiça do Paraná aceitou o pedido de recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco. A empresa de criptomoedas está respondendo a diversos processos judiciais e deve mais de R$ 600 milhões para investidores. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (27).

Com a decisão, os clientes terão que aguardar para reaver os recursos investidos por, no mínimo, 180 dias, que é o tempo que dura todo o processo de recuperação judicial. Os próprios clientes também estão sem a possibilidade de realizarem saques nas plataformas do Grupo Bitcoin Banco desde maio de 2019.

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De acordo com o portal “Livecoins”, grupos de conversa de clientes começaram a publicar mensagens criticando a “vitória” da empresa administrada por Claudio José de Oliveira, o “Rei do Bitcoin“.

Ainda segundo o portal, mensagens como: “Só no Brasil a Justiça aceita recuperação de pirâmides financeiras” e “pronto, legalizou o assalto” foram publicadas.

O Grupo Bitcoin Banco afirmou em nota que a notícia é uma ““vitória fundamental para a reorganização dos negócios e a superação da crise econômico-financeira, uma vez tem ao seu lado a supervisão direta do poder judiciário.”

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A juíza Mariana Gluszcynski Fowler Gusso, que é responsável pelo caso, declarou que o Grupo apresentou a documentação necessária e que, por conta destes arquivos, foi possível “constatar quanto à situação atual do grupo GBB, e também quanto à viabilidade do processamento da presente recuperação judicial.”

Além disso, a juíza afirma que os pedidos de bloqueios de valor e criptomoedas feitos por clientes serão paralisados durante o processo, já que “os bitcoins são essenciais à atividade da empresa, que estará impossibilitada de se reerguer caso sofra arrestos de criptomoedas”.

Crise no Grupo Bitcoin Banco

O “Rei do Bitcoin, além de proprietário do Grupo Bitcoin Banco (GBB), é detentor das plataformas de negociação de criptomoedas NegocieCoins e TemBTC, já havia admitido em outubro ter problemas de liquidez.

Saiba mais: Após atividades suspensas, “Rei do Bitcoin” admite problemas de liquidez

Desde o mês de maio, os clientes das corretoras não conseguem sacar o saldo parcial ou integral, nem em bitcoins nem em reais. Os casos variam de R$ 200 milhões a R$ 800 milhões. De acordo com Oliveira o problema do saque deve-se a uma fraude realizada em seu sistema por seus clientes.

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Em entrevista exclusiva ao site de notícias “Valor Investe”, o “rei do bitcoin” informou que houve uma falha no sistema que forneceu uma brecha tecnológica que fez com que alguns usuários duplicassem o saldo. Desse modo, alegou que os bloqueios são medidas protetivas aos investidores que não “fizeram nada errado”.

De acordo com o administrador do Grupo Bitcoin Banco, essa movimentação financeira em seu sistema gerou um prejuízo de R$ 1 bilhão. Além disso, afirmou que por investigação própria identificou esses usuários.

Rafael Lara

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