Gripe aviária: governo do DF confirma caso no Zoológico de Brasília
O governo do Distrito Federal informou que foi detectado um caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Zoológico de Brasília. As amostras foram coletadas no dia 28 de maio, após a notificação de que duas aves haviam morrido no local.

Um pombo e um irerê, uma espécie de marreco, foram encontrados mortos nas dependências do zoológico. De acordo com o governo do DF, essas aves eram de vida livre, ou seja, não faziam parte do plantel do zoo, mas circulavam pelo local em razão da oferta natural de abrigo, água e alimento.
Com a confirmação do foco, o Zoológico, que estava fechado temporariamente, permanecerá interditado pelo menos até o dia 12, caso não ocorram novos casos no local.
Após o fechamento do espaço, no último dia 28 de maio, a Secretaria de Agricultura do DF delimitou um raio de três quilômetros ao redor do Zoológico e realizou visitas a todas as propriedades rurais com criação de animais. Equipes técnicas verificaram a saúde das aves e orientaram os produtores sobre sinais clínicos compatíveis com doenças aviárias, reforçando a necessidade de notificação imediata diante de qualquer suspeita.
No mês passado, a gripe aviária foi identificada em uma granja comercial no Brasil. O caso foi registrado em Montenegro (RS) e levou diversos países a suspenderem a importação de carne de frango produzida no Brasil.
Gripe aviária: suspeita no RS é descartada
Uma suspeita de gripe aviária em granja comercial em Anta Gorda (RS) foi descartada, segundo atualização da plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura. A suspeita envolvia galinhas e estava sendo investigada desde 26 de maio. O resultado do exame para a doença feito pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas, deu negativo.
Ainda há outras investigações de suspeita de gripe aviária em andamento no País. Nenhuma delas, no entanto, ocorre em plantel comercial. Três são investigadas em aves de subsistência em Quixeramobim (CE), Itajuípe (BA) e Novo Cruzeiro (MG). Há, ainda, suspeitas envolvendo aves silvestres em Belo Horizonte (MG) e Santo Antônio do Monte (MG). As investigações estão em andamento, com coleta de amostra e ainda sem resultado laboratorial conclusivo, segundo as informações oficiais.
Essas investigações, segundo o Ministério da Agricultura, são corriqueiras no sistema de defesa agropecuária nacional, já que a notificação é obrigatória. A influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é uma doença de notificação obrigatória imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal do País.
Produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de animais devem notificar imediatamente os casos suspeitos da doença ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). O Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência em ave silvestre, segundo a pasta.
Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária em granja comercial no País, em Montenegro (RS), em um matrizeiro de aves na cidade localizada na região metropolitana de Porto Alegre.
Com Estadão Conteúdo