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Google (GOGL34) demitirá 12 mil funcionários em 2023

O Google solicitou acesso às informações do Departamento de Justiça, enquanto o órgão quer os dados recentes da companhia

O Google solicitou acesso às informações do Departamento de Justiça, enquanto o órgão quer os dados recentes da companhia

A empresa matriz do Google, a Alphabet (GOGL34), anunciou nesta sexta-feira (20) que planeja demitir o total de 12 mil funcionários ao redor do mundo.

A decisão anunciada pela gestão do Google vem dias após outras gigantes da tecnologia anunciarem cortes de funcionários igualmente grandes, como a Meta (M1TA34), a Amazon (AMZO34) e a Microsoft (MSFT34).

“Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12 mil empregos”, disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em um e-mail enviado aos funcionários.

“Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos ‘Googlers’ pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui”, acrescentou o executivo.

Segundo o CEO, a decisão se dá em virtude de uma “realidade macroeconômica difícil e distinta”. O motivo é o mesmo que consta em memorandos e anúncios de outras big techs, que sofrem com o aumento de juros nos Estados Unidos, dada a condução da política monetária pelo Federal Reserve (Fed).

A demissão em massa deve afetar funcionários de todas as áreas da companhia, incluindo setores como recrutamento, equipes de engenharia e produtos.

A gestão já entrou em contato diretamente com os funcionários que serão afetados pelo corte massivo.

Em uma alta na competitividade do mercado de tecnologia, a companhia havia subido seus salários e buscou novos talentos, como outros concorrentes.

Agora, a concorrência se acirrou com a Microsoft liderando o mercado de inteligência artificial, além do cenário macroeconômico desfavorável.

Além do Google, veja mais demissões em big techs

Conforme reportado pelo Suno Notícias, a Amazon (AMZO34) planeja uma redução no quadro de funcionários que cortará 18 mil empregos em 2023.

Caso seja concretizada, essa demissão em massa poderá ser a maior da história da Amazon e também a maior dentre os anúncios recentes de companhias de tecnologia.

A demissão em massa representa uma redução de cerca de 6% da mão de obra corporativa da Amazon, que soma cerca de 300 mil empregados.

Em meados de novembro do ano passado, o The New York Times reportou que os planos da companhia eram de cortar 10 mil empregos.

A Amazon é atualmente a segunda maior empregadora dos Estados Unidos. Se considerados todos os trabalhadores da Amazon, a força de trabalho chega a 1,5 milhão de pessoas, deixando-a apenas atrás Walmart, que emprega 2,3 milhões, segundo dados da consultoria Statista.

Além disso, recentemente a Microsoft anunciou que desligará 10 mil funcionários em todo o mundo até final de março.

Assim como outras empresas de tecnologia, durante a pandemia a big tech expandiu suas operações. De 2019 para cá, mais de 75 mil pessoas foram contratadas pela companhia. Mesmo que a receita anual da Microsoft tenha crescido 58% nos últimos três anos, os cortes são justificados pela empresa pela incerteza econômica e desaceleração do setor de tecnologia nos EUA.

Embora vise o corte de despesas, as demissões na Microsoft, segundo o comunicado divulgado pela empresa, contabilizarão US$ 1,2 bilhão em seu balanço referente a custos de rescisões contratuais.

Veja abaixo outros cortes em companhias de tecnologia:

Com a demissão em massa recém anunciada, o Google passa então a entrar para este rol.

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