GGRC11 revisa proposta para compra de ativo locado à Renault, mas ganha concorrente

O fundo imobiliário GGRC11 revisou sua proposta de compra para um imóvel logístico locado à Renault, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba (PR). A proposta atualizada para o valor de R$ 214 milhões, com base no valor patrimonial do ativo, de propriedade de outro FII, o VTLT11.

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Além disso, o GGRC11 abriu mão da retenção de até R$ 20 milhões que estava prevista na proposta inicial, com o objetivo de financiar obras necessárias para o funcionamento do imóvel ocupado pela montadora. O pagamento será realizado por meio de compensação de créditos no âmbito da 10ª emissão de cotas do fundo.

O GGRC11, porém, agora tem concorrência no interesse de adquirir o imóvel. A gestora Tellus também ofereceu uma oferta pelo ativo, no valor de R$ 186,8 milhões, com pagamento em dinheiro, parcelado, com prazo de 12 meses. O VTLT11 convocou uma assembleia geral extraordinária na qual os cotistas deverão escolher uma das propostas de venda ou optar pela recusa de ambas.

O imóvel é um centro de distribuição com 66.946 m² de área bruta locável (ABL) em um terreno de 249.000 metros quadrados. Ele conta com 68 docas e 110 vagas para caminhões, é certificado LEED e encontra-se locado por contrato atípico até dezembro de 2026 ao valor de R$ 34 o metro quadrado, com 100% de ocupação pela montadora.

GGRC11: mais detalhes da proposta

A oferta da Zagros, gestora do GGRC11, é adquirir o imóvel por R$ 214 milhões, com pagamento mediante a entrega de cotas da 10ª emissão do GGRC11, incluindo também o valor referente ao caixa líquido disponível no VTLT11, atualmente estimado em R$ 8 milhões. Com isso, o valor total da transação será de aproximadamente R$ 222 milhões.

A operação, se aprovada, deverá contar com a subscrição do VTLT11 da quantidade de cotas equivalente ao preço proposto. Após a entrega das cotas, o VTLT11 passará a deter cotas do GGRC11 e será promovida a amortização integral das cotas mediante entrega de ativos: os atuais cotistas do VTLT11 passarão a ser investidores do GGRC11 e o fundo, que tem apenas esse ativo em seu portfólio, deve ser liquidado em seguida.

Considerando o preço total e o desconto atual da cota do GGRC11, o valor líquido da operação é estimado em cerca de R$ 191,5 milhões, equivalente a R$ 90,55 por cota do VTLT11.

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A proposta da Tellus prevê a aquisição do imóvel por R$ 186,8 milhões, pagos em dinheiro, com sinal de R$ 74,72 milhões na data da lavratura da Escritura; parcela de R$ 18,68 milhões em até 6 meses após o pagamento do sinal; e saldo remanescente de R$ 93,4 milhões em até 12 meses após o pagamento do sinal.

Como o imóvel é o único ativo imobiliário do VTLT11, a proposta prevê a amortização progressiva das cotas em favor dos cotistas à medida que os pagamentos forem realizados; após a conclusão de todas as amortizações, o administrador promoverá a liquidação do Fundo. 

Como participar da assembleia do VTLT11?

Os cotistas do fundo VTLT11 já podem registrar seu voto, com prazo final às 14h59 do dia 9 de setembro, por meio da plataforma eletrônica Cuore; o link de acesso será enviado pelo endereço contact@cuoreplatform.com

Terão direito a votar apenas os cotistas inscritos no livro de registro ou na B3 nesta segunda-feira (25), e a assembleia exige quórum qualificado, ou seja, os eleitores precisam corresponder a 25% das cotas emitidas. As decisões serão tomadas por maioria simples dos votos presentes. 

As opções em votação são: aceitar a proposta da Zagros/GGRC11; aceitar a proposta da Tellus; rejeitar ambas e manter o ativo sob gestão no fundo. A Tivio pretende publicar o resultado no mesmo dia do encerramento da votação.

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Fernando Cesarotti

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