“Não está fácil escolher fundos imobiliários”, diz professor Baroni

A vida do investidor brasileiro em fundos imobiliários não está fácil. É o que disse o professor Marcos Baroni, analista CNPI e especialista em fundos imobiliários da Suno Research, na abertura do FIIs Experience, maior evento de fundos imobiliários do Brasil, promovido pela Suno na manhã deste sábado (24).

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O FIIs Experience acontece nos dias 24 e 25 de setembro, no Hotel Tivoli Mofarrej, e reúne especialistas do setor de investimento para discussões em diversas mesas. O evento é patrocinado por Guardian Gestora, Fator, Mauá Capital, TRX Investimentos e Hemisfério Sul Investimentos.

Baroni destacou em sua fala que o mercado de FIIs se encontra em pleno crescimento. Mas essa aceleração não significa que a vida do investidor está fácil — muito pelo contrário.

Até o final desde ano, o Brasil deve contar com cerca de 2 milhões de investidores de fundos imobiliários. Em 2016, eram menos de 100 mil cotistas. Do outro lado do balcão, existem 110 gestorea e 440 fundos imobiliários no Brasil.

E por mais que pareça que a abundância de opções seja positiva, para Baroni, isso também é um sinal de que a prateleira de fundos imobiliários ficou grande e complexa demais, dificultando a vida do investidor.

“Cinco anos atrás, o investidor não sabia por onde começar porque não tinha informação. Hoje, ele tem informações em excesso”, disse.

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Consolidação será “natural” no mercado de fundos imobiliários

A tendência esperada para os próximos anos é de consolidação do setor de fundos imobiliários.

Em sua visão, daqui a dez anos vai existir um grupo de fundos imobiliários de grande porte que terão maior liquidez, grande número de emissões e muitos cotistas.

“Vai existir uma ‘Champions League’ e outro segmento intermediário com fundos tentando conquistar um espaço nesta liga”, afirma. O terceiro grupo, de fundos menores, vai ficar menos relevante e receberá menos atenção dos especialistas, da mesma forma que ocorre no setor de fundos de investimentos em geral.

Baroni também acredita que alguns gestores terão que fazer a autoliquidação de seus fundos. “Já passou da hora de alguns gestores darem um passo para trás e buscarem uma tese diferente”, disse.

Em sua visão, seria positivo para os cotistas se os gestores enxugassem suas prateleiras de FIIs.

“Gestores, por favor, revejam sua prateleira. Não dá para terem fundos de todos os tipos: ou foca em uma estratégia ou consolida internamente.” Além disso, ele prevê a criação de um segmento de maior governança de fundos, como ocorre no Novo Mercado da B3, com maior proteção do cotista.

Neste caminho, as gestoras de fundos imobiliários que devem se destacar e ganhar espaço são as que têm uma boa relação com o investidor, avalia Baroni.

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Laura Intrieri

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