Investir em fundos imobiliários ou ações de shopping em 2023?

Com o arrefecimento da pandemia, muitos investidores querem saber qual é a melhor forma de aproveitar a retomada do setor de shoppings. Enquanto as ações de empresas do setor de shopping são atrativas porque ainda estão descontadas com relação a níveis pré-pandêmicos, os fundos imobiliários oferecem vantagens ao investidor que mira na distribuição e rentabilidade de longo prazo.

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O assunto foi discutido hoje no FIIs Experience, evento sobre fundos imobiliários promovido pela Suno com apoio de Guardian Gestora, Fator, Mauá Capital, TRX Investimentos e Hemisfério Sul Investimentos.

Confira os pontos fortes de cada estratégia de investimento em shopping:

Ações de shoppings estão baratas

Um dos pontos mais positivos de investir em shoppings por meio de ações é o preço dos papéis.

“No segmento de shoppings, a bolsa está muito mais atrativa, oferecendo retorno maior”, disse Luís Schiattini, sócio da Navi Capital.

Ele afirma que as empresas estão com múltiplos descontados e devem ser beneficiadas pela baixa na taxa de juros. Isso deve aumentar as receitas, beneficiando as companhias e os seus múltiplos.

“Hoje, a gente prefere ações em bolsa a FIIs no setor de shopping”, afirmou.

Outra vantagem é a alta qualidade do portfólio de ativos das empresas, afirmou Marcelo Potenza, analista de equity research do Itaú BBA.

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Fundos imobiliários têm distribuição e estabilidade

De acordo com os especialistas, investir em FIIs de shopping pode ser uma boa ideia para os que têm sua estratégia de investimento no longo prazo.

Rodrigo Selles, sócio da Genial Gestão, pontua algumas vantagens que enxerga no segmento, como regras mais rígidas de governança e alavancagem, além da norma que obrigada os fundos a distribuir 95% dos lucros apurados ao cotista semestralmente — sendo que a maioria costumeiramente já faz uma distribuição mensal.

“Fundos imobiliários são excelentes ativos no que se refere a rentabilidade, performance, governança e distribuição”, disse.

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Chave para escolha está no portfólio

As empresas como a Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI3) foram as primeiras a explorar e desenvolver o setor de shoppings no Brasil.

E por serem pioneiras, hoje em dia acumulam um portfólio de ativos “triple A“, com alto nível de credibilidade.

Mas isso não quer dizer que os portfólios de fundos imobiliários não têm suas vantagens.

Selles, da Genial Gestão, acredita que, mesmo tendo chegado depois, os FIIs souberam explorar oportunidades e se consolidaram rapidamente no segmento.

Segundo o gestor, é interessante para o investidor considerar que nem sempre os chamados “ativos troféu”, são a melhor pedida para todo e qualquer investimento.

“A carteira das empresas pode ser mais ‘prime’, mas sabemos que ativo não é só valor. Eventualmente, a melhor oportunidade não são esses investimentos ‘triple A'”, disse.

O investidor, no final das contas, pode utilizar uma boa e velha aliada na jornada de qualquer investidor para aproveitar o melhor dos dois mundos no segmento de shoppings: a diversificação, equacionando preço atrativo e portfólio prestigiado de ações com a segurança e a garantia uma distribuição volumosa no longo prazo dos FIIs.

“O portfólio dos fundos imobiliários complementa, na verdade, o das empresas abertas, já que cada tipo de ativo se serve mais para cada modalidade”, disse Selles.

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Laura Intrieri

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