FMI aumenta projeção do PIB para 2019 mas revê crescimento em 2018

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019.

Segundo o FMI, o PIB brasileiro crescerá 2,5% neste ano. No último relatório, divulgado em outubro, o fundo estimava uma alta de 2,4%.

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Porém, para 2018, o FMI diminuiu as expectativas para 1,3% ante o 1,4% projetado em outubro. Foi a terceira vez consecutiva que o fundo piorou as perspectivas para o PIB de 2018. O resultado oficial deve ser divulgado no dia 28 de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Ao melhorar o cenário de crescimento do PIB em 2019, o FMI informou que “a recuperação gradual da economia deve continuar”. Em 2020, o relatório prevê avanço de 2,2% do PIB brasileiro.

América Latina

O desempenho positivo do Brasil ajudou a puxar os números da América Latina, compensando os resultados negativos das projeções de países como México, Argentina e Venezuela.

Em 2019, o FMI projeta elevação de 2,0%. No último relatório, o índice estava em 2,5%. Além disso, o fundo rebaixou em 0,2 ponto a expectativa para 2020. O crescimento foi de 2,7% para 2,5%.

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A Argentina, que vive uma crise econômica, pesou para reduzir o número. O fundo destaca que as “políticas mais apertadas para reduzir desequilíbrios” devem influenciar no crescimento da região. O presidente Maurício Marcri  vem implementando uma série de políticas de austeridade para equilibrar os gastos públicos. A Argentina registrou a segunda maior inflação do continente, abaixo apenas da Venezuela. 

PIB Mundial

Na economia global, o FMI manteve a previsão de crescimento em 3,7% em 2018, “apesar do desempenho mais fraco em algumas economias”. No entanto, o Fundo prevê uma desaceleração em 2019 e 2020.  Confira a previsão do PIB deste e do próximo ano:

  • Em 2019, expansão de 3,5% ante os 3,7% divulgados em outubro;
  • Em 2020, o crescimento de 3,5% ante os 3,6%;

De acordo com o FMI, essa piora se deve ao desaquecimento de economias ricas. No entanto, o desempenho fraco de países emergentes, como Turquia e Argentina, também contribuíram para o resultado.

Renan Dantas

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