FMI diz que bancos centrais devem evitar ‘relaxamento precoce’ da política monetária

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou que os bancos centrais evitem relaxar a política monetária de forma prematura antes de terem sinais inequívocos de que a inflação arrefece de maneira consistente.

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A orientação aparece na atualização do relatório de Perspectivas Econômicas Globais do FMI, divulgada nesta terça-feira (25).

O fundo defende que os juros devem ficar em níveis restritivos por algum tempo, sobretudo nos países que apresentam persistência no núcleo inflacionário, que desconsidera componentes voláteis como energia e alimentos.

Para a instituição, os bancos centrais precisam sinalizar “claramente” o compromisso com a estabilidade de preços.

O fundo reconhece os desafios associados ao processo, diante de incertezas sobre o nível neutro de juros e a defasagem da política monetária. Para tentar mitigar essas questões, a trajetória das taxas básicas deve ser definida com base na evolução dos indicadores econômicos, em uma postura “dependente dos dados”, na visão do FMI.

A instituição acrescenta que, embora o controle da inflação seja de responsabilidade primária dos BCs, cortes de gastos e uma política fiscal calcada na sustentabilidade de preços podem aliviar a inflação.

“Este é especialmente o caso em países com economias superaquecidas e altos trade-offs entre inflação e desemprego”, avalia o FMI.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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