ETFs crescem no Brasil e novos produtos chamam a atenção

O mercado de fundos de índices, conhecidos como ETFs, vem experimentando um forte crescimento no Brasil, refletindo uma transformação no comportamento dos investidores e na dinâmica financeira do país. 

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Com uma oferta diversificada que abrange desde renda fixa até commodities e criptomoedas, os ETFs têm conquistado cada vez mais investidores e se firmado como uma alternativa de investimento. 

A figura abaixo mostra o volume negociado com ETFs no Brasil: o grande salto do mercado veio na pandemia, mas os volumes continuaram crescendo nos anos seguintes.

Na explicação do head de análise da Eleven Financial, Fernando Siqueira, os fatores por trás do crescimento estão no aumento da oferta de produtos. “Atualmente há ETFs de renda fixa, commodities, cripto, etc”. O mercado está mais diversificado, com produtos para todos os gostos e perfis de investidores. 

Estes grupos vem crescendo significativamente”, comenta o especialista. E ele acredita que essa tendência não para por aí. Essa maior oferta de produtos no mercado também contribuiu com a alta liquidez dos ETFs. “Esses avanços devem fazer com que a liquidez deste grupo continue aumentando”, crava Siqueira. Veja no gráfico abaixo:

Atualmente, o mercado conta com 778 mil investidores, com dados atualizados até o mês de maio deste ano. O destaque está no maior número de investidores em fundos de índices internacionais, além do crescimento progressivo dos ETFs de renda fixa local, conforme dados da B3:

Exemplos de novos ETFs

O mercado financeiro brasileiro viu o lançamento de novos ETFs que ampliam as opções disponíveis para investidores, além dos fundos já conhecidos que investem em índice de ações brasileiras.

Um exemplo é o GOAT11, da Itaú Asset, que se destaca como o primeiro ETF híbrido do Brasil. Este fundo combina ativos de renda fixa – títulos públicos – e ações de empresas da bolsa de valores americana (do índice SP&500). 

Sua estrutura híbrida visa diminuir a volatilidade da carteira, tornando-se uma ferramenta relevante em tempos de incerteza econômica.

Outro lançamento foi o ETF ARGT39, que oferece exposição a empresas argentinas na B3. Esse fundo permite que investidores brasileiros acessem um portfólio diversificado de ações de empresas listadas no país vizinho, abrangendo setores como energia, finanças e consumo. 

A entrada neste ETF não apenas oferece diversificação geográfica, mas também apresenta oportunidades de crescimento em economias em crescimento.

Já o BIZD11, da Investo, lançado também neste ano, surge como uma opção voltada aos investidores que buscam renda passiva. 

Este ETF investe em títulos privados nos Estados Unidos. Segundo a gestora, um dos atrativos principais do fundo é a distribuição de dividendos anuais de 10,80% em dólares, feita trimestralmente aos investidores.

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Gustavo Bianch

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