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Estados Unidos já está em recessão, diz presidente do Fed

Estados Unidos já está em recessão, diz presidente do Fed

Estados Unidos já está em recessão, diz presidente do Fed

Mary Daly, a presidente do Federal Reserve (Fed) de San Franciso, nos Estados Unidos, disse, nesta terça-feira (31), acreditar que o país já está em recessão. Segundo ela, isso ocorre pois milhões de pessoas perderam seus empregos e estão em casa devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“O Federal Reserve está preparado para fazer o que for necessário para garantir que sejamos parte da solução de apoiar as pessoas contra o vírus, fortalecer a economia dos Estados Unidos e nos colocar na melhor posição para crescer novamente quando o vírus recuar”, afirmou Daly em entrevista ao site “Yahoo Finance”.

Daly diz que “se fizermos a coisa certa e nos protegermos e reduzirmos a disseminação do vírus, a economia estará na melhor posição para se recuperar”.

A fala da presidente da autoridade monetária estadunidense vai de encontro com o que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), disse em 2012. À época, a zona do euro estava em plena crise, com resgates de membros endividados sufocando a união monetária entre os países europeus.

O rendimento dos títulos públicos dos países com menor poder aquisitivo da região estava subindo, e as empresas duvidavam de que as instituições nacionais, o euro e a União Europeia (UE) poderiam evitar o colapso econômico. Em 26 de julho de 2012, Draghi disse que o “BCE está pronto para fazer o que for necessário para preservar o euro. E acredite em mim, será o suficiente”.

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Uma semana depois, as companhias europeias reagiram ao discurso de Draghi e passaram a comprar os títulos de seus países em dificuldades. O suficiente para acalmar o mercado e reduzir a alta dos títulos da zona do euro.

Coronavírus nos Estados Unidos

Os Estados Unidos ultrapassaram a China em casos confirmados do coronavírus. Com mais de 177 mil casos e 3,44 mil mortes, até ás 17h desta terça-feira, os país se tornou o novo epicentro da doença no mundo, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana. As informações são da universidade norte-americana John Hopinks.

A cidade mais afetada é Nova York. De acordo com o governador do estado, Andrew Cuomo, são ao menos 75 mil pessoas contaminadas e 1,55 mil vítimas. O governador acrescentou que mais de 10 mil pessoas ainda estão internadas por conta da doença.

Devido à contenção da disseminação da doença e decreto de quarentena, o número de pedidos de seguro-desemprego dos EUA cresceu exponencialmente, segundo o Departamento de Trabalho.

Veja também: Coronavírus: Fed anuncia compra ilimitada de títulos americanos

Na semana encerrada no dia 13 de março, foram realizados 282 mil pedidos, enquanto a semana encerrada no dia 20 de março registrou 3,2 milhões de pedidos. Esse número é maior que o total de pessoas que já recebem o auxílio.

Para enfrentar o coronavírus, o congresso dos Estados Unidos aprovou, na última sexta-feira (27), um pacote de estímulos à economia de US$ 2 trilhões (cerca de R$ 10,2 trilhões). Entre as principais medidas, o pacote de estímulos prevê empréstimo de dinheiro para estados, um programa de ajuda para empresas, além de remuneração direta para os cidadãos norte-americanos. A proposta passará pela sanção do presidente norte-americano Donald Trump

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