Embraer (EMBR3) assina acordo bilionário com empresa dos EUA; ações renovam máximas
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A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quarta-feira (10) a assinatura de um acordo bilionário com a norte-americana Avelo Airlines. O contrato prevê a venda de até 100 jatos E195-E2, em um negócio que pode chegar a US$ 8,8 bilhões.
O contrato prevê inicialmente a compra firme de 50 jatos E195-E2 da Embraer pela Avelo Airlines, em um pedido avaliado em cerca de US$ 4,4 bilhões a preços de tabela. Além disso, a companhia aérea terá a opção de adquirir outras 50 aeronaves do mesmo modelo. Caso todas as opções sejam exercidas, o valor total da encomenda poderá chegar a US$ 8,8 bilhões.
As entregas têm início previsto para o primeiro semestre de 2027.
O anúncio repercutiu rapidamente no mercado. Pouco após a divulgação, os papéis da companhia chegaram a registrar nova máxima histórica, ultrapassando os R$ 84. Minutos depois, as cotações oscilaram, mas permaneciam em alta de 0,74%, a R$ 82,09, por volta das 11h50.
Acordo com a Avelo Airlines
Com a encomenda, a Avelo se torna a primeira companhia aérea dos Estados Unidos a operar o E195-E2. O modelo é o maior jato comercial da Embraer, com capacidade para 146 passageiros em classe única e alcance de até 5.500 quilômetros.
De acordo com comunicado da fabricante, a aeronave se destaca pelo consumo eficiente de combustível, baixo nível de ruído e capacidade de operar em pistas curtas. Esses fatores permitem tanto a abertura de novos mercados quanto a otimização da malha aérea da Avelo.
A companhia norte-americana, fundada em 2021, já transportou cerca de 8 milhões de passageiros em mais de 62 mil voos. Atualmente, opera 22 aeronaves Boeing 737 Next Generation em rotas domésticas e internacionais.
Embraer (EMBR3) busca tarifa zero
O acordo ocorre em meio às negociações da Embraer para reduzir tarifas de importação sobre seus aviões nos Estados Unidos. Atualmente, os jatos da companhia são taxados em 10%, após a exclusão de um adicional de 40% anunciado pelo governo do presidente Donald Trump.
Segundo Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer, a busca pela tarifa zero é estratégica para ampliar a competitividade da companhia no mercado norte-americano.
“Continuamos acreditando e defendendo firmemente o retorno à política de tarifa zero para a indústria espacial global, que foi o padrão nos últimos mais de 45 anos”, disse o presidente da Embraer (EMBR3), em recente entrevista coletiva.
