No embalo da taxa Selic a 15%, o crédito privado se destaca
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O mercado de crédito privado tem se mostrado resiliente e atrativo, mesmo em um cenário desafiador com a taxa Selic alcançando 15% ao ano. Em uma análise recente da gestora AZ Quest, o desempenho desse segmento é destaque, sobretudo pela preferência dos investidores por ativos de alta qualidade e defensivos, com ganhos acima do CDI.
De acordo com o relatório, o primeiro semestre de 2025 marcou um período aquecido para o mercado de crédito, com um volume significativo de emissões no mercado primário e uma tendência saudável de fechamento de spreads de crédito.
“Apesar de dispensarmos diversas ofertas devido a precificação inadequada, conseguimos realizar alocações importantes via primário”, afirmou a análise, refletindo a assertividade da gestão em um ambiente competitivo.
Os ativos high grade e as debêntures incentivadas foram protagonistas nesse crescimento, acumulando recordes de emissão.
O mercado secundário também apresentou resultados positivos, com volumes robustos e uma tendência compradora que impulsionou o desempenho dos ativos institucionais. “Observamos mais fechamentos do que aberturas de spread de crédito, indicando uma busca por segurança e rendimento”, acrescentou o relatório.
O fechamento do spread de crédito significa a redução da diferença entre as taxas de juros cobradas em diferentes tipos de crédito, geralmente indicando maior confiança do mercado na capacidade de pagamento dos devedores e, consequentemente, menor risco associado aos empréstimos.
Ganhos de 1,28% ao mês: gestora destaca com os fundos de crédito privado
Dentre os fundos geridos pela AZ Quest, o relatório destaca o AZ Quest Supra, que registrou um rendimento de 1,28% em junho, correspondente a 117,2% do CDI.
A gestora cita que os ganhos desse fundo vieram principalmente da sua carteira de debêntures, que apresentou resultados positivos em um ambiente de taxas elevadas.
“Nossas diversas estratégias demonstraram bons resultados, especialmente na estratégia Yield, o que reflete nossa capacidade de adaptação às condições de mercado”, comentou a gestão.
O crescimento no interesse por esses ativos, mesmo em tempos de altas taxas de juros, mostra a confiança dos investidores na renda fixa, que continua a ser vista como uma alternativa segura, buscando ganhos acima do CDI.
