Eletrobras (ELET3) pode cortar salários dos funcionários em 12,5%; veja o que diz a companhia

A Eletrobras (ELET3) pode fazer um corte de 12,5% nos salários dos seus funcionários. A medida faz parte de uma sequência de cortes de gastos realizados desde a privatização da companhia em 2022.

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Em um novo acordo coletivo que acontece desde o início de abril, a empresa enviou a proposta de redução nos salários para os eletricitários que recebem até R$ 15.572,04.

“A Eletrobras está em negociação com os sindicatos que representam seus profissionais e busca um acordo coletivo baseado nas determinações da lei e na construção de uma empresa cada vez mais robusta”, afirma a nota oficial da ELET3 para a imprensa.

A intenção de cortes nos salários da Eletrobras vale para todas as concessionárias do grupo – CGT Eletrosul, Chesf, Eletrobras, Eletronorte, Furnas.

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Corte de gastos e salários na Eletrobras

Segundo proposta enviada pela direção da Eletrobras, o corte acontece para que a empresa adeque sua “arquitetura salarial” aos “valores condizentes com o mercado.” Por isso, a companhia de eletricidade defende ser necessária a “redução de todos os salários” abaixo dos R$ 15,5 mil.

Os trabalhadores afetados serão indenizados, de acordo com a companhia. Porém, mais detalhes sobre como e quando este pagamento ocorreria ainda não foram divulgados. Estimativas dos representantes dos trabalhadores afirmam que cerca de 5 mil funcionários estão dentro da faixa salarial atingida.

Enquanto a negociação ainda se desenrola, o atual acordo salarial está com data de vencimento para este semestre.

Em oposição aos cortes, o Coletivo Nacional dos Eletricitários tem feito mobilizações e assembleias contra o corte e com outras reinvindicações, como que a companhia apresente dados que justifiquem o corte salarial.

“Não adianta fazer ajuste de um lado para aumentar o gasto com outro lado”, diz o coletivo, em nota.

Em um comunicado interno passado aos trabalhadores, a Eletrobras também fala apenas de uma “proposta de uma renegociação de 12,5% para os profissionais que são representados pelas entidades sindicais”, sem fazer uma menção direta a um corte nos salários.

Em comunicado interno, a Eletrobras defende que a medida faz “parte da estratégia da companhia de se adequar às práticas do setor privado”.

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Camila Paim

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