Ícone do site Suno Notícias

Educação: setor tem lucro líquido de quase R$ 1 bilhão no 1T25, apura BTG

Foto: iSotck Bolsas da Europa operam mistas e a asiáticas encerram sem direção, após feriado

Bolsa de valores - Foto: iSotck

O BTG Pactual divulgou nesta segunda-feira (26) um levantamento com os resultados das empresas de educação no primeiro trimestre de 2025. Os balanços apontaram um crescimento do setor: a Receita Líquida consolidada avançou 8% a/a e EBITDA Ajustado cresceu 18% na comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido quase atingiu R$ 1 bilhão.

A Receita Líquida teve crescimento graças às captações semipresenciais, maiores taxas de retenção e consequentemente expansão da base de alunos.

O Lucro Líquido, por sua vez, evoluiu de R$ 656 milhões para R$ 947 milhões, na comparação do primeiro trimestre de 2024 com 2025, graças à redução das despesas financeiras. Ajustado pelos R$ 538 milhões em pagamentos de dividendos, desembolsos de caixa relacionados a fusões e aquisições e recompra de ações, a dívida líquida consolidada do setor educacional brasileiro caiu R$ 1,3 bilhão.

Um bom índice que explica esse crescimento é o aumento na captação de alunos de graduação. O grupo Yduqs (YDQS3) obteve o melhor desempenho, com um crescimento de 29.5% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024 (116,2 mil contra 89,7 mil). A seguir vem a SER Educacional (SEER3), com aumento de 16,4%. Aparecem a seguir a Ânima (ANIM3), com 9.1%; Cogna (COGN3), com 2,6%; e Cruzeiro do Sul (CSED3), com 2,4%.

Educação: BTG analisa números do setor

De acordo com os analistas do BTG, o primeiro trimestre do ano registrou números positivos em que todas as companhias, com exceção da Yduqs, registraram expansão de dois dígitos no EBITDA Ajustado. Esse crescimento, explicam, foi ocasionado por “forte captação nos segmentos presencial e semipresencial, melhoria nas taxas de retenção e maior alavancagem operacional”.

Apesar do crescimento, o BTG segue mantendo uma “visão conservadora” sobre a indústria de educação brasileira, motivadas principalmente pela nova regulação criada pelo governo federal para o ensino à distância.

“Ficamos de fato positivamente surpreendidos pelos resultados apresentados nesta temporada de resultados, com a alavancagem operacional, melhorias na geração de caixa e desalavancagem de balanços (em muitos casos) superando nossas expectativas ainda conservadoras”, explica em nota.

O banco alerta, porém, que, além dos custos elevados, empresas de educação com grande exposição a métodos de EAD “podem enfrentar desafios na manutenção da base de alunos ao longo do tempo”.

Sair da versão mobile