Farmacêutica do Ozempic se torna empresa mais valiosa da Europa

A empresa dinamarquesa Novo Nordisk, farmacêutica do Ozempic, se tornou a companhia mais valiosa da Europa, após ultrapassar a alemã SAP, gigante global de software. A briga de gigantes, porém, não é exatamente uma novidade no velho continente. Em março, tinha sido a vez da SAP tirar a Novo Nordisk do trono. Mas o reinado durou pouco tempo.

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No dia 13 de junho, a capitalização de mercado da Novo Nordisk chegou a US$ 365 bilhões em Copenhague. A SAP, por sua vez, estava em US$ 364,3 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Ainda que a diferença seja pequena, valeu o topo no ranking das empresas mais valiosas da Europa.

Ozempic e Wegovy: os motores da valorização

A venda do medicamento Ozempic, utilizado para tratar diabetes tipo 2, obesidade e sobrepeso, tem impulsionado os números da companhia. Somente no ano passado, as vendas do remédio totalizaram 120,3 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de R$ 104,4 bilhões), de acordo com o relatório anual divulgado pela Novo Nordisk. 

Além disso, outro destaque foi o Wegovy, medicamento utilizado para controle de obesidade. No ano passado, a farmacêutica levantou cerca de R$ 50,5 bilhões (cerca de 58,2 milhões de coroas dinamarquesas) com as vendas do remédio.

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Troca na liderança da Novo Nordisk

Recentemente, a Novo Nordisk passou por uma série de contratempos. Entre eles, resultados decepcionantes em testes clínicos para seus tratamentos experimentais contra a obesidade e o crescimento da concorrência. Tudo isso inclusive gerou a queda do CEO Lars Fruergaard Jorgensen, em maio.

Na época do anúncio da saída do CEO, a empresa dinamarquesa acumulava perda de 33,6% no mercado financeiro desde o início do ano.

Parte da queda foi atribuída aos resultados decepcionantes nos testes do seu novo medicamento contra obesidade e às vendas que ficaram abaixo do esperado. Em meio a este cenário, o mercado entendeu que a farmacêutica estava perdendo a disputa para a concorrente americana Eli Lilly.

No entanto, na semana em que recuperou o posto de mais valiosa do continente, a confiança dos investidores foi fortalecida com a notícia, dada pelo Financial Times, de que o fundo de hedge Parvus Asset Management tinha aumentado sua participação na dona do Ozempic. O objetivo, segundo a publicação, é influenciar a seleção do próximo CEO da empresa.

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Redação Suno Notícias

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