O dólar voltava a operar em baixa moderada no mercado à vista, nesta terça-feira (10) a R$ 5,2372 (queda de 0,18%) há pouco. Minutos atrás, por volta das 10h30, o câmbio operava em alta 0,18%, a R$ 5,24.
O economista-chefe José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, avalia que a queda do dólar tem como catalisador a ata hawkish (mais dura) do Comitê de Política Monetária (Copom), prometendo mais altas da Selic até o fim do ano e ajudando a segurar o dólar mais fraco ante o real. Mas o recuo é limitado por pressão de alta do dólar vinda do exterior e por cautela política e fiscal interna, afirma.
“Pode ter fluxo de entrada, mas bem pontual e de volume pequeno, porque o ambiente doméstico tenso tem afastado o fluxo de capitais para Brasil“, comenta.
“O processo político para o presidente Jair Bolsonaro já foi, acabou o governo. O Centrão é que manda no governo. Agora, é esperar para ver o que o Congresso irá fazer sobre as medidas enviadas pelo Executivo ao Parlamento, por isso, o Brasil perde credibilidade internacional”, observa Gonçalves.
“Antes, o presidente comandava ataques aos demais poderes, principalmente o TSE e o STF, mas agora ele reage com parada militar, em uma demonstração de pretende continuar esticando a corda, tentando manter o comando das manchetes e insistindo em um caminho no qual o mantenha na liderança e na mídia”, avalia o economista.
E o dólar com viés de alta no exterior, traz problemas para países emergentes com economias e moedas fracas, como o Brasil, que lidera as pioras no mercado de moedas, acrescentou.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (10), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,21%, negociado a R$ 5,24.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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