Após atingir a máxima histórica, dólar abre em queda

Após atingir a máxima histórica na última terça-feira (26) e o Banco Central ter interferido na cotação, o dólar abre esta quarta-feira (27) em queda.

Por volta das 9h40, o dólar registrava uma queda de 0,116% sendo negociado a R$ 4,2344. O mercado está atento a cotação da moeda norte-americana após a autoridade monetária ter realizado dois leilões à vista de dólares que não estavam programados para conter a alta da moeda.

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Além disso, segue no radar as declarações do presidente do BC afirmando que é possível uma nova intervenção nesta quarta se for identificado”movimentos disfuncionais”.

Dólar atinge cotação máxima

Na última terça, a máxima registrada do dólar foi de R$ 4,2771. De acordo com Felipe Pellegrini, gerente de tesouraria do Travelex Bank, o crescimento do dólar pode se explicado pela: “declaração do ministro da Economia, que não se sente desconfortável com a valorização do dólar perante o real e entende que é um movimento natural para o novo patamar de juros que vivemos aqui. O mercado acabou por conta disso adiantando uma valorização ainda maior do que o esperado.”

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“Podemos relembrar de semanas atrás com o leilão do pré-sal, que ficou abaixo do esperado e fez com que começássemos a ver esse dólar em estado de alta, sempre tudo muito exagerado. O mercado cresceu muito rápido e exageradamente, até por isso, vimos hoje uma intervenção do BC para tentar conter essa elevação. Por volta das 11h vemos o dólar tendo uma queda após o anúncio de um leilão extra do BC”, disse Pellegrini.

Além disso, contribuíram para a alta:

  • Banco Central intervém após dólar bater recorde e ficar próximo a R$ 4,27;
  • Guerra comercial: Trump diz estar na “fase final” de acordo com China.

Banco Central

O Banco Central decidiu tomar providências após o dólar bater recordes na terça. O BC anunciou leilão extra para vender a moeda à vista. A operação aconteceu entre às 11h03 e às 11h08 e não foram divulgadas as quantidades ofertadas.

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De acordo com o Banco Central, a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320. Antes dessa operação, o BC também promoveu a venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que corresponde a venda de dólar no mercado futuro.

Depois da ação feita pelo Banco Central, o dólar diminuiu para R$ 4,24. Antes, a moeda chegou a atingir R$ 4,2694 no mercado à vista e R$ 4,270 no contrato futuro de dezembro.

Intervenção hoje

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou na última terça que se identificar movimentos “disfuncionais” na cotação do dólar nesta quarta a autoridade monetária pode realizar uma nova intervenção.

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“Se amanhã (hoje) o BC entender de novo que há um movimento disfuncional e que há gap de liquidez, voltaremos a fazer intervenção. Mas essas intervenções não têm capacidade de alterar movimentos de longo prazo, que tem como origem bases macroeconômicas. Elas apenas atenuam o movimento de curto prazo”, disse Campos Neto.

Disputa comercial

O Ministério do Comércio da China informou na última terça que chegou a um consenso sobre a conclusão de problemas relevantes por meio de um telefonema com os Estados Unidos, concordando em continuar com as negociações acerca dos problemas restantes relacionados ao acordo da primeira fase.

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A mensagem vinda da China ocorre logo após a escalada das preocupações de que o projeto de lei dos Estados Unidos que apoia os protestos de Hong Kong possa ser um empecilho nas negociações entre os dois países.

Segundo o Ministério do Comércio da China em um comunicado curto, Liu He, vice-primeiro-ministro da China, conversou com o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, na manhã desta terça.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira, o dólar encerrou em alta de 0,588% sendo cotado a R$ 4,2398.

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Poliana Santos

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