Dólar cai com apetite por ativos de risco no exterior

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (2), ajudado pelo apetite por ativos de risco nos mercados no exterior na primeira manhã de negócios do mês de agosto.

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Às 12h00 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 1,40%, a R$ 5,1371. O dólar futuro para setembro recuava 1,01%, a R$ 5,1815.

O ajuste do dólar reflete ainda um movimento de realização de lucros, após a divisa ter saltado para R$ 5,2099 no mercado à vista na sexta-feira, 30 com alta diária de 2,57% e ganho acumulado em julho, de 4,76%, precificando cautela externa e local.

A queda hoje pode estar espelhando, de acordo com operador de câmbio, antecipação de investidores na venda, diante das perspectivas de atração de capitais estrangeiros de olho na elevação da Selic em pelo menos 1 ponto, a 5,25% ao ano, na reunião do Copom, que começa amanhã e termina na quarta-feira, e do IPO da Raízen (RAIZ4) na B3 nesta terça-feira, que pretende captar cerca de R$ 10 bilhões.

Apesar da melhora, seguem no radar do investidor as ações do governo na questão dos precatórios, além do Bolsa Família fora do teto e eventual pressão do presidente Jair Bolsonaro sobre a Petrobras para subsidiar com R$ 3 bilhões o vale-gás para população carente, mais uma investida do presidente visando a reeleição em 2022.

A Petrobras (PETR4) divulgou nota na noite de sábado (31) afirmando que “não há definição” sobre a participação da empresa em novos programas sociais em estudo pelo governo e que qualquer decisão estará “sujeita à governança de aprovação e em conformidade com as políticas internas da companhia”.

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Na semana passada, o plenário do TCU deu aval ao projeto político de Bolsonaro de isentar o pedágio de motociclistas nos próximos leilões de trechos concedidos da Via Dutra e um pedaço da BR-101, também Rio-SP. Nesse caso, tudo indica que a conta tende a paga pelos demais motoristas de carros e caminhões.

Hoje o relatório Focus trouxe nova piora significativa nas estimativas para inflação de 2021, subindo de 6,56% para 6,79%, bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. A projeção para IPCA 2021 atualizada nos últimos cinco dias úteis escalou de 6,67% para 6,88%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, a expectativa passou de alta de 5,29% para elevação de 5,30%. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,18%.

Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB de alta de 2,10%. A mediana das expectativas para o câmbio no fim de período foi de R$ 5,09 para R$ 5,10, ante R$ 5,04 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 5,20, mesmo valor de quatro pesquisas atrás.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (30), o dólar encerrou em forte alta de 2,57%, negociado a R$ 5,21.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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