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Dólar abre com nova alta após atingir máxima histórica

O dólar hoje teve um dia de forte volatilidade, respercutindo a vitória de Biden e as notícias sobre a vacina da Pfizer

O dólar hoje teve um dia de forte volatilidade, respercutindo a vitória de Biden e as notícias sobre a vacina da Pfizer

Após atingir uma nova máxima histórica na última segunda-feira (25), o dólar abre esta terça-feira (26) com mais uma alta.

Por volta das 9h20, o dólar variava positivamente a 0,856% sendo negociado a R$ 4,2504. O mercado está atento aos desdobramentos da guerra comercial e as declarações do ministro Paulo Guedes sobre a reforma tributária e valorização da moeda norte-americana frente ao real.

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Além disso, também segue no radar dos investidores as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a permanência do País no Mercosul, um dia após o chanceler Ernesto Araújo dizer que a saída é uma das possibilidades para o Brasil.

Disputa comercial

O Ministério do Comércio da China informou nesta terça-feira (26) que chegou a um consenso sobre a conclusão de problemas relevantes por meio de um telefonema com os Estados Unidos, concordando em continuar com as negociações acerca dos problemas restantes relacionados ao acordo da primeira fase.

A mensagem vinda da China ocorre logo após a escalada das preocupações de que o projeto de lei dos Estados Unidos que apoia os protestos de Hong Kong possa ser um empecilho nas negociações entre os dois países.

Segundo o Ministério do Comércio da China em um comunicado curto, Liu He, vice-primeiro-ministro da China, conversou com o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, na manhã desta terça.

Câmbio, juros e inflação

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última segunda-feira (25) no Fórum de CEOs Brasil-EUA, com a participação de altos executivos de empresas que atuam nos dois países, em Washington, que “é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.

O ministro afirmou que o dólar em um patamar mais alto é resultado de uma nova política econômica, tendo juro de equilíbrio mais baixo e câmbio neutro maior. Guedes disse que esse novo modelo ainda precisa ser absorvido pela sociedade.

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“O dólar está alto? Problema nenhum, zero”, afirmou Guedes. “Eu não estou preocupado com a alta do dólar. Ao contrário. Achei um desenvolvimento interessante e absolutamente compreensível quando você pega os juros. Os juros reais do Brasil estão abaixo de 2%. Inflação descendo, os juros descendo junto”, disse.

Reforma tributária

Guedes também afirmou que a proposta de reforma tributária será enviada ao Congresso por meio de fases.

Segundo o ministro, o objetivo do governo em enviar o texto sobre a reforma tributária dessa forma será para facilitar a análise e a apreciação pelos parlamentares. O projeto, de acordo com o chefe da pasta econômica, será encaminhado a uma comissão mista do Senado e da Câmara dos Deputados.

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Guedes afirmou que “o governo quer fazer um imposto sobre valor agregado (IVA) dual federal, com imposto de 11% e 12%”. “Estamos a uma ou duas semanas de enviar a proposta de reforma tributária ao Congresso, e prefiro enviar para uma comissão mista, que é o que deve acontecer.”

Mercosul

O presidente da República, Jair Bolsonaro, informou, na última segunda-feira (25), após a declaração do chanceler Ernesto Araújo, que deseja que o novo presidente da Argentina mantenha o combinado sobre a parte econômica do Mercosul.

A respeito da saída do Brasil do Mercosul, o presidente disse que “tudo pode acontecer”. O ministro da Relações Exteriores já havia dito que a saída do País é uma possibilidade.

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“Tudo pode acontecer na vida da gente, né. A gente espera que o que foi acertado com [Maurício] Macri, a parte econômica, continue com o [novo] presidente da Argentina”, disse Bolsonaro.

“Nada contra o povo, nada contra o governo, queremos respeito aos contratos”, salientou o presidente a jornalistas no Palácio do Alvorada.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na segunda-feira (25),  o dólar encerrou em alta de 0,527% sendo negociado a R$ 4,215.

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