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Dólar encerra em alta com atraso na votação da reforma da Previdência

Após feriado de carnaval, dólar abre em alta com coronavírus no radar

Após feriado de carnaval, dólar abre em alta com coronavírus no radar

O dólar encerrou em alta de 0,394%, sendo negociado a R$ 3,7711 nesta terça-feira (16). A cotação registrada no fechamento do pregão foi a máxima do dia. A miníma foi de R$ 3,7580 por volta das 14h10.

No início do dia, a moeda norte-americana operava quase instável. Por volta das 9h10, o dólar registrou alta de 0,194%, cotado em R$ 3,7636.

A alta da moeda foi influenciada pela paralisação da reforma da Previdência, que só deve retomar após o recesso parlamentar. Contudo, no cenário externo o mercado se mostrou otimista com o corte de juros do Federal Reserve (Fed).

A valorização do dólar também foi estimulada pela possibilidade de uma redução nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Reforma da Previdência

A segunda votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ocorrerá somente após o recesso parlamentar. Inicialmente, era esperado que a votação ocorresse na última semana.

Saiba mais: Previdência demorará dois meses no Senado, diz presidente da CCJ

No entanto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, declarou que o segundo turno da votação da reforma da Previdência começará no dia 6 de agosto às 16h.

Além disso, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), declarou que a Previdência demorará dois meses para ser votada pelo colegiado.

Segundo Tabet, somente a CCJ precisará de um mês para votar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência. Para que o Senado também aprove a reforma serão necessários 60 dias.

Taxa de juros do Fed

As declarações feitas pelo presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano) de Dallas, Robert Kaplan, nesta terça-feira apontaram novamente para uma redução na taxa de juros dos EUA.

Conforme Kaplan, a redução nas taxas de juros de curto e longo prazo é o melhor argumento para afrouxar a política monetária.

Os Estados Unidos temem que, caso não cortem as taxas de juros, sua economia fique estagnada. No dia 19 de junho, o Fed resolveu manter as taxas inalteradas.

Na última semana, algumas autoridades do Federal Open Market Committee (FOMC) se mostraram confiantes em uma queda de juros. Dessa forma, a redução poderia diminuir os efeitos negativos da guerra comercial com a China.

Estados Unidos e China

Na última segunda-feira (16), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou que espera contatar as autoridades chinesas por telefone novamente. Com isso, o governo norte-americano pretende superar a guerra comercial entre os dois países.

Leia também: China quer ser pioneira na adoção da tecnologia 5G; Guerra Comercial continua

Na última semana, Mnuchin e Robert Lighthizer, representante comercial dos EUA, já conversaram com representantes da China por telefone. No entanto, detalhes sobre a conversa não foram divulgados.

A guerra comercial movimentou os mercados do mundo inteiro e impôs taxas e restrições em certos períodos. A China registrou o ritmo mais lento de crescimento econômico desde 1992.

Dessa forma, os Estados Unidos podem ser apontados como os principais responsáveis para a desaceleração econômica chinesa.

Última cotação

Na última segunda-feira (15), o dólar fechou com uma alta de +0,455% sendo cotado R$ 3,755.

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