Petrobras (PETR4): UBS projeta aumento de dividendos, mas reduz preço-alvo; entenda
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O UBS BB divulgou nesta sexta-feira (22) um novo relatório com projeções para as ações da Petrobras (PETR4). A casa estima que a companhia deve aumentar a distribuição de dividendos nos próximos anos, apoiada pelo crescimento da produção de petróleo e pelo forte fluxo de caixa.

Segundo os analistas, a petrolífera segue com o perfil mais robusto de expansão de produção entre suas concorrentes globais, o que deve reforçar o potencial de valorização das ações da Petrobras no médio prazo.
DY de até 14% para Petrobras em 2026
O relatório destaca que os dividendos da companhia podem crescer de US$ 7,6 bilhões em 2025, equivalente a um dividend yield (DY) de cerca de 10% aos preços atuais, para US$ 9,6 bilhões em 2026, o que representa 14%.
“Vemos a Petrobras pagando US$ 7,6 bilhões em dividendos em 2025 (cerca de 10% de yield nos preços atuais), crescendo para US$ 9,6 bilhões em 2026 (14% de yield)”, escreveram os analistas.
Mesmo em um cenário mais conservador, o UBS estima que o DY da empresa poderia alcançar 8,5% em 2025. Em meio a este contexto, a instituição financeira reforçou ainda a recomendação de compra para as ações PETR4, apoiada no perfil de crescimento da produção e no fluxo de caixa saudável.
UBS reduz preço-alvo de PETR4
Apesar da expectativa positiva para dividendos, o UBS revisou para baixo o preço-alvo de PETR4, de R$ 46 para R$ 42 por ação – a nova projeção indica um upside de cerca de 38% em relação à cotação atual dos papéis. Para os papéis negociados em Nova York (ADRs), a projeção caiu de US$ 15,8 para US$ 14,4.
Essa reavaliação considera diferentes critérios para cada área de negócio da companhia. No caso das reservas de petróleo já comprovadas, o banco utilizou múltiplos ponderados de mercado. Para a área de refino e distribuição (downstream), foi aplicada uma metodologia de fluxo de caixa projetado. Já os demais segmentos foram avaliados com base em múltiplos mais simples, usados como referência de comparação.
O UBS também chamou atenção para o cenário político no Brasil. Afinal, com as eleições presidenciais previstas para outubro de 2026, alguns investidores já avaliam possíveis impactos na petrolífera.
O banco, no entanto, ressaltou que “ainda é cedo para incorporar esse fator às projeções” e destacou que, no cenário-base, trabalha com a manutenção da estratégia atual da Petrobras (PETR4), sem mudanças significativas no plano de investimentos.