Dívida Bruta do Governo Geral sobe a 76,2% do PIB em abril, diz BC

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 75,9% em março para 76,2% em abril, informou o Banco Central. Em reais, a DBGG passou de R$ 9,096 trilhões para R$ 9,176 trilhões.

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Pelo conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG avançou de 88,3% para 88,8% do PIB no período. O BC informou, no mais recente Relatório de Política Monetária (RPM), que iria incorporar a metodologia do FMI às suas divulgações.

O pico da série da dívida bruta no critério do BC foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido às medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A DBGG que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que leva em conta as reservas internacionais do Brasil subiu de 61,6% do PIB em março para 61,7% em abril. Em reais, atingiu R$ 7,432 trilhões.

Dívida: setor público tem superávit primário de R$ 14,150 bilhões

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras) teve superávit primário de R$ 14,150 bilhões em abril, após um saldo positivo de R$ 3,588 bilhões em março, informou o Banco Central.

Esse é o maior superávit para meses de abril desde 2023, quando ficou em R$ 20,325 bilhões. Em abril de 2024, o setor público teve saldo positivo de R$ 6,688 bilhões.

Segundo os dados do BC, o Governo Central (Tesouro Nacional, BC e INSS) teve superávit de R$ 16,227 bilhões em abril. Estados e municípios tiveram déficit de R$ 659 milhões, e as empresas estatais, déficit de R$ 1,418 bilhão.

Isoladamente, os Estados tiveram déficit de R$ 1,017 bilhão, e os municípios, superávit de R$ 358 milhões.

De acordo com o BC, o setor público consolidado teve superávit primário de R$ 102,860 bilhões no acumulado de janeiro a abril de 2025. O resultado é equivalente a 2,54% do Produto Interno Bruto (PIB).

O desempenho foi puxado por um superávit primário de R$ 68,555 bilhões nas contas do Governo Central, o equivalente a 1,69% do PIB. Estados e municípios tiveram superávit de R$ 36,996 bilhões (0,91% do PIB), e as empresas estatais, déficit de R$ 2,691 bilhões (0,07% do PIB).

Isoladamente, os Estados teve superávit de R$ 29,816 bilhões no acumulado de janeiro a abril, e os municípios, saldo positivo de R$ 7,181 bilhões. O setor público consolidado teve déficit primário de R$ 6,012 bilhões no acumulado de 12 meses até abril, o equivalente a 0,05% do PIB, informou o Banco Central.

Como proporção do PIB, foi o melhor resultado no acumulado de 12 meses desde maio de 2023, quando havia superávit de 0,37%. Em 2024, o setor público teve déficit de R$ 47,553 bilhões, ou 0,40% do PIB.

O resultado em 12 meses até abril foi composto por um déficit de R$ 7,136 bilhões do Governo Central (0,06% do PIB), saldo positivo de R$ 25,156 bilhões nos Estados (0,21% do PIB), rombo de R$ 15,477 bilhões nos municípios (0,13% do PIB) e resultado negativo de R$ 8,556 bilhões nas empresas estatais (0,07% do PIB).

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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