Ministério da Economia poderá ter debandada por causa do Orçamento, diz jornal

O governo de Jair Bolsonaro poderá sofrer uma nova debandada no Ministério da Economia, mas desta vez de membros da equipe econômica liderada pelo ministro Paulo Guedes. A pauta que causa conflito entre os membros do Ministério da Economia é a Lei Orçamentária 2021, que sugere uma ameaça ao teto de gastos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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A própria equipe econômica vê risco de o governo cometer crime de responsabilidade se o texto for sancionado da forma como foi aprovado pelo Congresso. Fontes de membros do Ministério da Economia disseram ao jornal que formalizar o Orçamento no desenho atual poderia significar uma condenação pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Os membros avaliam que ao assinar os documentos, nos quais enxergam desacordos com as regras fiscais, podem gerar punições futuras. O movimento é conhecido como “apagão de canetas“.

Segundo o jornal, o movimento poderia ser maior do que a debandada da equipe econômica em agosto de 2020. Na época, os secretários especiais Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização) deixaram os cargos por falta de apoio político.

Ministério da Economia faz apelo ao Congresso para reajuste no Orçamento

O Orçamento foi aprovado na semana passada, após um corte em despesas obrigatórias, como a verba para aposentadoria, seguro-desemprego e pensões. O objetivo dos cortes foi abrir espaço para mais emendas parlamentares (instrumento pelo qual integrantes da Casa têm direito a recursos da União para finalidades públicas, como obras). Portanto, o Congresso reduziu os recursos para despesas obrigatórias e acrescentou emendas.

O desenho final deixou o Orçamento sem recursos suficientes para despesas obrigatórias que são exigências da Constituição.

Com toda essa movimentação e risco de debandada de seu ministério, Paulo Guedes fez ontem um pedido ao Congresso para ajustarem o Orçamento.

“Nosso apelo final é que os acordos políticos têm que caber nos orçamentos públicos. A essência da política é fazer alocação dos recursos, com nosso compromisso com a saúde e a responsabilidade fiscal”, disse o ministro da Economia ao participar da divulgação de dados do mercado de trabalho.

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Poliana Santos

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