CVM suspende oferta do Fundo Rio Bravo ESG por causa de material publicitário

A Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, suspendeu a emissão do Rio Bravo ESG, um fundo de investimento em cotas de fundos incentivados de investimento em infraestrutura renda fixa crédito privado (FIC-FI-Infra). O informe foi feito em nota à imprensa enviada nesta terça (9), mesmo dia da suspensão.

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A operação da Rio Bravo tem a BRL Trust Distribuidora como administradora e a Warren Corretora como instituição intermediária líder, segundo a autuação da CVM.

Segundo a Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da CVM, a suspensão ocorreu após serem identificadas algumas irregularidades em materiais publicitários da oferta, como informação não contida no prospecto preliminar com potencial de induzir o investidor ao erro, com ausência de “linguagem serena e moderada” e de informações sobre a forma de acesso aos materiais da oferta pública.

Em nota a Warren, em nota, afirmou que já trabalha na regularização.

“A Warren foi informada pela CVM acerca da suspensão temporária da oferta do fundo RIO BRAVO ESG FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS INCENTIVADOS DE INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO. A autarquia federal entendeu haver algumas irregularidades na divulgação de materiais publicitários relativos à oferta. Desta forma, a corretora informa que já está trabalhando na regularização dos materiais e, em breve, irá comunicar ao mercado acerca dos próximos passos a fim de retomar a oferta, mantendo seu compromisso com a transparência e alinhamento com seus clientes e o mercado”, diz a corretora.

Rio Bravo mirava R$ 150 milhões

De acordo com o prospecto preliminar, referente à distribuição pública de cotas da primeira emissão, a intenção do fundo é captar R$ 150 milhões (1,5 milhão de cotas de R$ 100 cada), sem considerar cotas do lote adicional.

A oferta é destinada para investidores institucionais e não institucionais, inclusive pessoas físicas.

A Rio Bravo informou que irá se pronunciar nos meios previstos pela autarquia. Também irá divulgar, em breve, um comunicado ao mercado, disse a empresa.

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CVM dá prazo de 30 dias

A CVM destacou que a oferta se encontrava em análise na SRE e com período de reservas aberto. A suspensão da oferta é imediata e pelo prazo de até 30 dias. Caso as irregularidades não sejam corrigidas neste prazo, a SRE poderá cancelar a oferta em definitivo.

A superintendência também determinou que a ofertante publique imediatamente um comunicado ao mercado, informando a decisão da suspensão.

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Vale lembrar que a suspensão se deu por conta de material publicitário e evitar o ‘greenwashing’ é uma das prioridades da CVM, segundo falas recentes dos membros da comissão. “Hoje as agências de classificação de risco não têm acesso a todas as informações de uma empresa e seus relatórios de ESG são incompletos”, disse a coordenadora da Comissão de Acompanhamento do Relato Integrado (CBARI) no Brasil, Vania Borgerth

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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