Credit Suisse diz que chance da Vale pagar dividendo de 10% em 2020 aumentou

Na noite da última terça-feira (24), o Credit Suisse enviou um relatório aos clientes sobre a possibilidade da Vale (VALE3) pagar forte dividendo de 10% no ano que vem. O relatório foi enviado após a decisão do Tribunal Superior inglês, que informou que a empresa pode executar a sentença arbitral de US$ 2 bilhões contra a BSG Resources.

“Embora haja vários passos à frente até que uma decisão final possa ser obtida e dependa de uma análise mais aprofundada pelo sistema judicial nos EUA e na Inglaterra (que carrega um certo grau de incerteza), recebemos essas notícias de uma maneira favorável”, dizem os analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha, do Credit Suisse, sobre a Vale.

A instituição financeira estima que, além de uma geração de caixa livre em potencial de 15% esperada para 2020, há a possibilidade de um rendimento de dividendo (dividend yield) de 9 a 10% no próximo ano.

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“Um resultado positivo nessa disputa apenas aumentaria a probabilidade desse pagamento forte acontecer, em nossa opinião”, analisam os especialistas.

O Credit Suisse salienta que a Vale ainda precisa ter cautela em relação a sua estrutura regulatória.

“No entanto, destacamos que as propostas feitas pelo Senado ainda podem estar sujeitas a revisões substanciais e o resultado final pode ser mais suave do que o relatório inicial sugere. Também existem vários argumentos legais que podem representar um forte desafio à implementação”, esclarece o banco.

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Objetivo de produção da Vale

A Vale permanece com o objetivo de chegar a uma produção de 400 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, segundo o diretor executivo do setor financeiro da empresa, Luciano Siani. Esta meta, porém, não tem prazo para ser alcançada. “Atingir produção anual de 400 milhões de toneladas levará um tempo, mas é só questão de tempo”, salientou Siani.

Esta meta já era direcionada para este ano, segundo a Vale, porém, com a tragédia de Brumadinho no início de 2019, os planos foram por água abaixo.

Juliano Passaro

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