O fundo imobiliário CPTS11 fechou setembro com resultado de R$ 30,509 milhões, acima dos R$ 27,782 milhões de agosto, alcançando o maior nível em 14 meses. A receita bruta somou R$ 44,761 milhões, enquanto as despesas operacionais atingiram R$ 14,252 milhões, refletindo eficiência na alocação e controle de custos.
Para os cotistas, a distribuição de dividendos do CPTS11 foi de R$ 29,57 milhões, equivalente a R$ 0,09 por cota, com saldo acumulado de R$ 0,003 por cota no período.
A carteira de crédito do fundo contava com 16 CRIs no fim de setembro, representando 31,7% dos investimentos. Todos os títulos estão indexados ao IPCA, com retorno médio de IPCA + 8,34%, sem exposição ao CDI, reforçando proteção inflacionária e previsibilidade de fluxo de caixa.
Na parcela de fundos listados, o portfólio inclui 91 FIIs, que somam 63,2% dos ativos. Desse total, 82,2% concentram-se em fundos de tijolo e 17,8% em fundos de papel, compondo uma estratégia equilibrada entre renda recorrente e ganhos de capital. A diversificação sustenta a resiliência do portfólio em diferentes ciclos de mercado.
CPTS11: FII de shopping puxa impacto positivo
Operações do CPSH11, o FII de shoppings da mesma gestora, a Capitania, chamaram atenção no período, com impacto direto na tese do CPTS11. O CPTS11 detém 9,7% de participação no CPSH11, e as movimentações devem somar aproximadamente R$ 20 milhões de efeito positivo em até 24 meses, distribuídos conforme cronograma de recebimentos.
O CPSH11 concluiu a venda de ativos como Rio Design Leblon, Catarina Fashion Outlet, Shopping Cidade Jardim, Complexo Tatuapé, Iguatemi Praia de Belas e parte do Iguatemi Fortaleza. As alienações apresentaram TIR de 22,52% a.a., superando IFIX, IMA-B e CDI. O montante de R$ 53,5 milhões, ou R$ 0,67 por cota, será distribuído ao longo de dois anos. Paralelamente, o fundo adquiriu 4,81% do Internacional Shopping Guarulhos, com Cap Rate projetado de 8,20%.
Com essas transações, projeta-se distribuição de R$ 0,11 por cota em dois anos. Ao final do ciclo de recebimentos, a gestão estima liquidez de R$ 587,4 milhões e endividamento líquido negativo de R$ 443,9 milhões, fortalecendo a capacidade de novas alocações.
No segmento de renda urbana, o CPUR11 adquiriu cinco imóveis — quatro locados às Lojas Marisa e um à C&A — totalizando R$ 141,4 milhões; o efeito na receita será comunicado após a conclusão das transferências. Esses movimentos complementam a estratégia e tendem a sustentar a performance do CPTS11.
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