Cosan (CSAN3): lucro líquido ajustado cai 95% no 2T22, para R$ 53,6 mi

A Cosan (CSAN3) divulgou nesta sexta-feira (12) que apurou lucro líquido ajustado de R$ 53,6 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), queda de 95% em relação ao mesmo período do ano passado.

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No critério não ajustado, a Cosan teve prejuízo líquido de R$ 125,3 milhões ante um lucro líquido de R$ 942,4 milhões um ano antes.

De acordo com o balanço da Cosan, o resultado foi impactado por despesas financeiras adicionais, sem efeito caixa, no corporativo. Além disso, também foi afetado pela alta na taxa de juros que elevou o custo do endividamento em todos os negócios do grupo.

O Ebitda ajustado da Cosan foi de R$ 4,1 bilhões, 34,5% acima do registrado um ano antes.

“O resultado foi impulsionado pelo excelente desempenho operacional de todas as empresas do portfólio, destacando, na Raízen (RAIZ4), os volumes comercializados superiores, com maior rentabilidade”, diz o texto da Cosan. A Raízen tem fatia de 50% no indicador financeiro.

A receita líquida da Cosan totalizou R$ 42,7 bilhões no 2T22, equivalente a um crescimento de 69,4% sobre o valor de R$ 25,2 bilhões no 2T21.

O consumo de caixa para acionistas (FCFE) foi de R$ 331 milhões no período, comparado a geração de R$ 794 milhões um ano antes.

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“A variação entre trimestres pode ser explicada principalmente por efeitos sazonais afetando o capital de giro da Raízen, bem como pelo acréscimo dos  investimentos, em função da incorporação da Biosev e aceleração dos projetos de Renováveis, parcialmente compensados pela geração de caixa operacional superior dos demais negócios”, afirma o relatório.

Já a alavancagem da Cosan caiu para 2,4 vezes em junho de 2022, contra 2,7 vezes no mesmo mês do ano passado.

A queda reflete a expansão dos resultados de todo o portfólio nos últimos 12 meses e dos efeitos não-recorrentes registrados na Cosan Corporativo, provenientes do IPO da Raízen, da incorporação da Biosev e do ganho por compra vantajosa da Radar, conforme as informações trimestrais da empresa.

Os investimentos consolidados da Cosan, em base pró-forma, terminaram o segundo trimestre em R$ 2 bilhões, uma alta de 19% na base anual. Isso ocorreu com o aumento na Raízen (+2 vezes), que pode ser explicado pela incorporação da Biosev, pelo aumento dos dispêndios nos canaviais, em linha com o foco na jornada da melhoria de produtividade agrícola, e aceleração da construção da planta de E2G.

A Raízen teve lucro líquido de mais de 1 bilhão de reais no 2T22, enquanto a Rumo (RAIL3) lucrou 30 milhões de reais.

Cotação

Cosan teve alta de 3,59%, a R$ 21,04, no fechamento desta sexta.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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