Coronavoucher: 73,2 mil militares receberam o auxílio de forma indevida

O Ministério da Defesa informou na última segunda-feira (11), em nota, que 73,2 mil militares ativos, inativos, de carreira, temporários, pensionistas, dependentes e anistiados receberam o auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como coronavoucher, de maneira indevida.

De acordo com a pasta, aqueles que receberam o coronavoucher mesmo sem ter direito, terão que devolver o valor aos cofres públicos, através do pagamento de uma Guia de Recolhimento da União (GRU), ou poderão fazer um pedido de estorno do crédito bancário.

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Segundo o documento, “os Ministérios da Defesa (MD) e da Cidadania (MC) informam que, dos quase 1,8 milhão de CPFs constantes da base de dados do MD, 4,17% (73.242) receberam o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal”. “Assim que o Ministério da Defesa e o Ministério da Cidadania fizeram o cruzamento de dados e identificaram a possibilidade de eventuais recebimentos indevidos, os Comandos das Forças Armadas foram acionados para apurar possíveis irregularidades”, completou.

Parte dos militares receberam o coronavoucher automaticamente

Entretanto, o documento indicou que parte dos militares receberam o benefício automaticamente, visto que tinham seus CPFs cadastrados no Cadastro Único ou são beneficiários do Bolsa Família.

Em contrapartida, o comunicado indicou que “entre os que solicitaram o auxílio, por meio do aplicativo ou do site da Caixa Econômica Federal, há pertencentes a famílias cuja renda mensal por pessoa não ultrapassa meio salário mínimo (R$ 522,50), ou cuja renda familiar total é de até 3 (três) salários mínimos (R$ 3.135,00) e que podem ter interpretado equivocadamente as regras de recebimento do benefício”.

Contudo, completou “havendo indícios de práticas de atos ilícitos, os Ministérios da Defesa e da Cidadania adotarão todas as medidas cabíveis, mantendo sempre o compromisso com a transparência.”

Veja também: Coronavoucher: Ministério da Economia nega permanência do auxílio pós-pandemia

Já a Caixa, responsável pelo pagamento do coronavoucher, declarou que a transação só é feita após o governo validar os dados dos solicitantes.

Laura Moutinho

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