Coronavírus: Vacina em teste no Brasil poderá ser distribuída este ano

A vacina contra o novo coronavírus (covid-19) desenvolvida pela Universidade de Oxford, com parceria de testes no Brasil, poderá ficar disponível ainda este ano, informou a diretora-médica, Maria Augusta Bernardini, do grupo farmacêutico Astrazeneca.

“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro. Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população [a vacina contra o coronavírus] antes de ter uma finalização completa dos estudos”, disse Bernardini.

No último sábado (27), o governo federal anunciou que aceitou a proposta de cooperação de Oxford e da AstraZeneca para o desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil a vacina contra a covid-19. Dessa forma, a União se comprometeu a investir US$ 127 milhões (R$ 694 milhões) na compra de vacinas em teste.

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Trata-se do primeiro país fora do Reino Unido a iniciar os testes da vacina que atualmente está na fase três. De acordo com o Ministério da Saúde, isso significa que o antídoto se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento.

“O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse a diretora-médica sobre a escolha do Brasil para os testes.

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Além disso, Bernardi explicou que a reputação dos pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator influenciador para trazer a pesquisa para o País. “Isso fortaleceu a imagem e a reputação científica do Brasil, além de facilitar, trazer com agilidade, o estudo em termos de execução”.

De acordo com diretora da AstraZeneca, o diferencial dessa vacina contra coronavírus é que esta sendo desenvolvida com uma dose única. “Outro diferencial que temos é que sabemos que o potencial da geração de anticorpos é muito forte e muito positivo”.

Poliana Santos

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