Coronavírus: fluxo de recursos para países emergentes cai 88%

Segundo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), devido à epidemia de coronavírus (COVID-19), o fluxo de capitais para países emergentes recuou 88%. Os mercados atraíram US$ 3,4 bilhões (R$ 15,3 bilhões) no mês passado contra US$ 29,5 bilhões (R$ 132,75 bilhões) no mês de janeiro.

A recente crise de coronavírus se iniciou em janeiro e, ficou concentrada principalmente na China. De acordo com o boletim, não obstante, o novo vírus se disseminou rapidamente para outros países no mês de fevereiro, o que gerou forte impacto sobre o fluxo de capitais global.

Conforme o relatório, tanto títulos de dívida quanto ação sofreram com o impacto da redução do fluxo de capitais.

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“O resultado é decorrente do dramático colapso de fluxo na última semana e meia, quando a preocupação com a crescente disseminação do coronavírus atingiu os mercados financeiros globais”, detalhou o IIF, em relatório.

Nas últimas semanas, os efeitos da disseminação do coronavírus foram sentidas especialmente no continente asiático. No países emergentes, o fluxo de recursos para títulos de dívida reduziu 60%, no mês de fevereiro em relação ao mês anterior.

O fluxo para o mercado de dívida para os países emergentes da Ásia, foi de US$ 5,1 bilhões no mês passado, frente a US$ 13,2 bilhões em janeiro. O primeiro mês do ano registrou a melhor taxa de captação de recurso desde o terceiro trimestre de 2019. A tendência de queda no mercado de ações observada em janeiro continuou em no mês seguinte.

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O fluxo de capitais para a bolsa da China, segunda maior economia do mundo, caiu em 50%. O fluxo negativo nos demais países emergentes cresceu para uma saída de US$ 9,8 bilhões. Em todo o mês de janeiro, o fluxo negativo de US$ 6,8 bilhões.

Segundo o IIF, a saída de capitais dos países emergentes corresponde ao mesmo valor quanto comparado à crise da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

As bolsas de ações de países do continente asiático registram fluxo positivo de US$ 2,6 bilhões, no primeiro mês do ano. Enquanto no mês de fevereiro, os efeitos do coronavírus foram sentidos em uma fuga de capitais equivalente a US$ 4,5 bilhões.

Arthur Guimarães

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