Perdeu dinheiro? Veja como recuperar perdas em ações sem pânico

Nos últimos anos, retornos atrativos na B3 e taxas de juros a níveis baixos fizeram com que muitos investidores deixassem a renda fixa de lado e dessem mais espaço à renda variável em suas carteiras, mesmo que isso não condissesse com seu perfil de investimento original.

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Agora, com uma alta nas taxas de juros tornando a renda fixa mais competitiva com relação à renda variável, alguns investidores acabaram perdendo dinheiro no mercado de ações, por caírem no clássico problema de comprar papéis com preços em alta e vendê-los com preços em baixa.

O Suno Notícias apurou quais as melhores alternativas para os que desejam começar a recuperar perdas no mercado de ações e o resultado você pode conferir abaixo. Esta matéria faz parte da Semana da Renda Fixa, realizada com apoio da SVN Investimentos. Você pode conferir todo o conteúdo neste link.

Fundos de ações ajudam na diversificação da carteira de investimentos

Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o melhor a se fazer nesses momentos é, primeiramente, não se desesperar.

O investidor que perdeu dinheiro na bolsa deve ter parcimônia na hora de repensar sua estratégia de ganhos para não pular etapas, cair em promessas de soluções rápidas e acabar se prejudicando mais ainda.

Para isso, a consciência de que a recuperação pode demorar um pouco é essencial.

“Se afobar e querer recuperar tudo que perdeu em um mês: aí que está o risco. Agindo assim, você pode perder ainda mais”, disse.

Cruz explica que o ideal é sempre apostar na diversificação de investimentos, com revisões periódicas da alocação de ativos de acordo com sua classe, instrumentos e tipos.

Assim, o investidor não fica dependente de empresas concentradas em um único tipo de risco, como variação cambial, tramitação de leis, oscilações nas taxas de juros, cenário internacional, entre outros.

“Ir com parcimônia, diversificando, e fazendo alocação mais pulverizada e acompanhando alguma recomendação de especialista”, recomenda.

E, para o gestor da RB Investimentos, uma boa opção para o investidor arrojado, que visa uma carteira com a melhor diversificação, são os fundos de ações, que contam com a vantagem de serem geridos por uma equipe profissional.

Os fundos, segundo o gestor, são uma garantia de que pontos importantes de análise, que muitas vezes podem acabar passando batido pela estratégia do investidor individual.

“Mesmo que a pessoa tenha expertise de ações, que seja alguém que opera há anos, não é algo desprezível em ter fundos de ações. Eventualmente você pode estar abrindo espaço para mais estratégia e dando oportunidade para que pontos que acabam passando batidos sejam considerados na estratégia”, disse.

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Cuidado: a oportunidade pode não estar na renda fixa

Eduardo Plastino, sócio da Alva Vista Investimentos, também aposta na diversificação. O gestor, entretanto, vai além e pontua que, para buscar uma recuperação de prejuízo na bolsa, o investidor pode aumentar sua exposição a ações como uma estratégia para recuperar suas perdas recentes.

Para isso, o investidor deve primeiramente avaliar como está distribuído o risco da sua carteira, de acordo com o seu perfil de investidor.

“É muito importante o investidor poder fazer uma pergunta sincera para si mesmo se há ou não espaço para aumentar a sua exposição na renda variável, ou se o risco do seu portfólio já está corretamente balanceado. Caso o investidor enxergue que há espaço para aumentar a sua participação em Bolsa, o ideal é aproveitar o momento de pânico no mercado justamente para aumentar, aos poucos, a sua exposição”, explica.

Plastino afirma que, desde que se mantenha uma diversificação adequada entre diferentes empresas e setores (que estão expostos a diferentes riscos), o investidor que está seguro da sua estratégia de risco na sua carteira de investimentos não deve recuar devido a um período de baixa nos papéis.

Muito pelo contrário, ele pode aproveitar o momento de baixa das ações e recuperar a sua porcentagem de exposição na renda variável comprando papéis em seu momento de barateamento.

E por mais que a renda fixa tenha atratividade devido ao momento de alta nas taxas de juros, Plastino reitera que o investidor deve manter o foco em sua estratégia de investimentos e não diminuir a exposição em renda variável para aumentar a participação em renda fixa baseado somente no momento atual do mercado.

“O investidor que possui uma exposição à renda variável adequada a seu perfil de risco e busca recuperar a sua posição na bolsa não deve vender os seus ativos para alocá-los em renda fixa, nem fugir para investimentos no exterior ou concentrar o seu portfólio em poucos papéis. Ele pode, inclusive, aumentar a renda variável, caso o percentual estipulado em sua carteira tenha caído devido à queda no preço dos ativos”, afirma.

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Laura Intrieri

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