Grana na conta

Coca-Cola lucra 32% menos no 2T20, mas diz que o ‘pior já passou’

Em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o lucro líquido da Coca-Cola (NYSE: KO) recuou 32% no segundo trimestre deste ano, para US$ 1,78 bilhão (cerca de R$ 9,23 bilhões). A companhia,no entanto, entende que o “pior já passou”.

Aproximadamente metade da receita da Coca-Cola é gerada “fora de casa”, ou seja, em restaurantes, bares, cinemas e estádios esportivos, locais que foram fechados para mitigar a disseminação do vírus. Todavia, a direção da empresa vê uma melhora no ambiente dos seus negócios, sobretudo na Ásia.

Para John Murphy, chefe de finanças da Coca-Cola, a China, o sudeste asiático e a Europa Ocidental fizeram um “bom trabalho na gestão dos piores estágios da pandemia” e as vendas devem continuar retomando seu crescimento. “Aqui nos Estados Unidos, estamos vendo um pico em vários lugares, mas o grau de bloqueio quase não é o que era”.

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A receita global da empresa no período de abril a junho foi de US$ 7,15 bilhão (cerca de R$ 37,10 bilhões), abaixo do projetado por analistas, de US$ 7,21 bilhões. Mesmo com a queda de 28% no faturamento, por volta das 12h desta terça-feira as ações da Coca-Cola operavam em alta, com um avanço de 2,04% na Bolsa de Valores de Nova York.

A marca de leite Fairlife da empresa, além de marcas de suco de laranja, apresentaram um bom desempenho durante o período da pandemia, uma vez que as pessoas passaram a se alimentar mais em casa. Da mesma forma, as maiores marcas de refrigerantes — incluindo Coca-Cola, Coca Zero Sugar e Sprite — venderam bem em supermercados, embora o segmento como um todo tenha caído.

No início deste mês, a empresa anunciou que encerraria as operações da marca Odwalla, de sucos, assim como sua rede de entrega com caminhões refrigerados.  A gigante das bebidas também suspenderá as atividades de outras marcas pequenas com apresentam baixo desempenho em todo o mundo, disse o CEO James Quincey em conversa com analistas nesta terça-feira.

O executivo pontuou que mais da metade das 400 marcas sob o guarda-chuva da Coca-Cola são marcas de países únicos com escala pequena ou nenhuma. “Não fomos assertivos o suficiente” para eliminá-las, afirmou Quincey.

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Segundo o diretor-executivo, durante a pandemia a Coca-Cola transferiu os gastos com marketing para suas maiores marcas, as quais as vendas permanecem saudáveis. Além disso, os pequenos projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&P) foram reduzidas.

Jader Lazarini

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