Citi tem lucro recorde no Brasil no primeiro semestre, de R$ 1,3 bi, expansão de 45%

 

O Citi anunciou um lucro líquido recorde de R$ 1,3 bilhão no Brasil no primeiro semestre de 2025, representando um impressionante crescimento de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) do banco subiu de 14% para 20%, superando até mesmo as expectativas internas da instituição. O resultado sólido foi alcançado apesar das dificuldades impostas pelos juros altos e pela incerteza econômica global, causada, em parte, pelo tarifaço de Donald Trump.

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Em entrevista, o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon, explicou que a estabilidade da carteira de crédito do banco — que totalizou R$ 49 bilhões até junho — foi resultado de uma abordagem mais cautelosa frente ao cenário desafiador. “Tivemos menor demanda de clientes, por juro alto e um pouco de incerteza em relação à questão das tarifas, o que gerou postergação de investimentos”, afirmou Marangon.

Desempenho sólido mesmo com desafios econômicos

O Citi registrou um semestre “bastante sólido”, com crescimento em depósitos e uma inadimplência controlada de 0,8% da carteira de crédito. O banco atingiu depósitos de R$ 84 bilhões, marcando uma expansão de 17% no comparativo anual, embora os ativos tenham caído 11%, devido a uma nova regulação do Banco Central, que afetou principalmente operações de câmbio. “Se excluída essa medida, teríamos visto crescimento nos ativos de 4%”, completou Marangon.

O presidente também destacou a crescente participação das operações não dependentes da economia, como câmbio, derivativos, gestão de caixa e pagamentos, que impulsionaram a alta do ROAE. “Normalmente, um ROE normalizado para nós era na casa dos 17%, 18%”, explicou ele. Com isso, o Citi se tornou menos dependente de operações ligadas à economia, como assessoria em fusões e aquisições e ofertas de ações.

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Perspectivas para o Futuro

Para o segundo semestre de 2025, o banco não prevê mudanças significativas em relação à primeira metade do ano. O banco espera desafios contínuos, com juros ainda elevados e uma demanda moderada por crédito. Marangon também comentou sobre o mercado de fusões e aquisições, destacando que apesar de grandes transações em negociação, muitas têm sido adiadas devido à conjuntura de incerteza. “As conversas de empresários têm aumentado, mas muitas negociações acabam sendo esfriadas pela situação atual”, afirmou.

O Citi segue otimista e está comprometido com o crescimento contínuo no Brasil, um dos cinco maiores mercados da instituição globalmente. Marangon destacou que o banco continua a investir no país, com uma previsão de crescimento na casa dos dois dígitos ao ano para os próximos três anos. “Os resultados mostram que todos os investimentos feitos pelo Citi ao longo dos anos elevaram o banco a um novo patamar”, concluiu o presidente do Citi no Brasil.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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