Cielo (CIEL3) está barata e tem atrativos; BofA passa a recomendar compra
Os analistas do Bank of America (BofA) subiram a recomendação da Cielo (CIEL3) para compra, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (7).
“Acreditamos que o forte impulso dos lucros e o valuation descontado devem sustentar o desempenho superior contínuo. A Cielo acumula alta de 135% no ano, superando, e muito, o Ibovespa (+12%)”, aponta o texto.
O impulso nos lucros da Cielo surpreendeu o BofA, segundo os analistas. A alta foi desencadeada por:
- Venda de Merchant,
- crescimento de receita acima do esperado com repactuação bem-sucedida; e
- Ganhos de eficiência.
No entanto, é esperado que a recém-anunciada mudança nas taxas de cartões, com teto na cobrança das tarifas de intercâmbio em transações com cartões a partir de abril do próximo ano, leve a uma rodada de revisões ascendentes das estimativas de ganhos em 2023.
“Consideramos o valuation atrativo em 7,4 vezes o preço sobre lucro de 2023, bem abaixo da média histórica da Cielo de 11 vezes”, destacam. O preço-alvo para as ações da Cielo foi elevado, de R$ 5,60 para R$ 7,40.
Revisão para cima no lucro líquido da Cielo
O BofA também revisou as estimativas de lucro líquido da Cielo, para R$ 1,5 bi, R$ 2 bi e R$ 2,1 bi em 2022, 2023 e 2024, respectivamente. São altas de 8%, 32% e 27%, nesta ordem, sobre as projeções anteriores.
As expectativas do banco de investimentos incorporaram as novidades das taxas, e está 17% acima do consenso da Bloomberg.
“Estimamos que as novas medidas levarão a um impacto líquido positivo de R$ 230 milhões no resultado da Cielo em 2023, considerando menores custos de intercâmbio na aquisição (cartões de débito e pré-pagos), parcialmente compensados pela perda de receitas de pré-pagamento nas operações pré-pagas e menores receitas de intercâmbio para Cateno”, diz o relatório.
Por fim, o BofA ressalta que os principais riscos para a tese de investimentos atualizada são: taxas acima do esperado, que podem pressionar os custos de captação, e preços mais competitivos do setor, que podem pressionar o rendimento da receita.
As ações da Cielo encerraram o pregão desta sexta liderando as maiores altas, com 2,75%, cotadas a R$ 5,60.
