Órgão regulador chinês sugeriu que Didi, controladora da 99, adiasse IPO nos EUA

Algumas semanas antes da Didi Global, dona da 99 no Brasil, realizar sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o órgão regulador da segurança cibernética da China sugeriu que a companhia adiasse sua abertura de capital, além de solicitar uma avaliação interna de sua rede de segurança, segundo fontes ligadas ao assunto.

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Para a Didi, esperar seria problemático e, na ausência de uma ordem clara para interromper o processo, ela foi adiante.

A empresa enfrentava pressão de investidores para fazer o IPO, após levantar bilhões de dólares de investidores importantes. Ela levantou cerca de US$ 4,4 bilhões no IPO, na maior operação do tipo para uma companhia chinesa desde o IPO do Alibaba em 2014.

Em Pequim, autoridades, sobretudo da Administração do Ciberespaço da China, seguiam temerosos sobre o risco de que os dados de que a companhia dispunha pudessem passar a mãos estrangeiras, disseram fontes.

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Os papéis da Didi em Nova Iorque começaram a ser negociados na quarta-feira (30). Na sexta-feira (2), o regulador do ciberespaço começou sua própria revisão do setor na Didi e bloqueou o aplicativo da companhia de receber novos usuários. No domingo, determinou que as lojas de aplicativos retirassem o da Didi de circulação.

Após IPO da Didi China suspende aplicativo

A China determinou que o aplicativo de táxi Didi Chuxing  seja retirado das lojas de aplicativos domésticas. O órgão regulador da internet do país alegou que o app violou as leis de coleta e uso de informações pessoais.

A ação da Administração do Ciberespaço da China (CAC) marca uma nova ofensiva regulatória contra os grupos de tecnologia do país, que iniciou com o cancelamento do IPO de US$ 37 bilhões planejado pela fintech Ant Group, braço da Alibaba, no final do ano passado.

Em resposta, a Didi anunciou que iria parar de registrar novos usuários e removeria seu aplicativo das lojas, como foi solicitado. Além disso, comunicou que irá se esforçar para corrigir quaisquer problemas e protegerá seus usuários. A decisão não irá interferir nos usuários que já possuem o aplicativo na China.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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