China afirma que negociações com EUA continuarão em breve em Pequim

Neste sábado (11) o vice-primeiro-ministro chinês e negociador do país, Liu He, disse em uma entrevista que as negociações entre os Estados Unidos e China continuarão em breve em Pequim.

Liu He concedeu entrevista aos jornalistas em Washington, e comentou sobre a guerra comercial entre EUA e China. “As negociações não entraram em colapso, muito pelo contrário, acho que estão normais. Nas negociações bilaterais, é inevitável que haja pequenos contratempos”, afirmou He.

Além disso, o negociador chinês descreveu que as negociações tem sido “francas e construtivas”.

Na última sexta-feira (10), as negociações aconteceram na capital dos Estados Unidos, no entanto, nada ficou resolvido. Mas, He se diz positivo, “estamos cautelosamente otimistas em relação ao futuro.”

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Balança comercial

O vice-primeiro-ministro admite que as negociações entre os EUA e China tem diferenças. “Temos que ir pouco a pouco, é como correr uma marotona: fica mais difícil quando você alcança os últimos quilômetros”, explica.

Além disso, He afirma que a seu país não recuou nos acordos alcançados em rodadas anteriores das tratativas. ” A China acredita que as tarifas são ponto de partida dos confrontos comerciais, se temos que chegar a um acordo, temos que eliminar todos os impostos, esse é o primeiro ponto”, disse o negociador chinês.

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Ademais, o político comentou que o segundo ponto é referente ao desejo dos EUA de que a China compre um número maior de produtos americanos. O intuito, é que a balança comercial seja equilibrada, visto que, no atual momento está inclinado ao país asiático.

“Este é um assunto muito sério. Nós deixamos muito claro que não podemos fazer concessões em questões de princípios”, afirmou Liu He.

Trump eleva tarifas em US$ 200 bilhões

Essas declarações do negociador chinês foram feita após os EUA colocar em vigor o aumento nas tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses.

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No último domingo (5), o presidente Donald Trump, tinha anunciado que os impostos alfandegários passariam de 10% a 25%. Já na última sexta (10), às 00h01 (horário de Washington) entraram em validade o aumento dos produtos, avaliados em US$ 200 bilhões.

As autoridades da China lamentou a medida dos Estados Unidos e anunciou que tomaria “as contramedidas necessárias”, mas não detalhou quais.

Poliana Santos

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