China considera Bitcoin ‘indesejável’ e cogita proibir a criptomoeda

O governo da China estaria cogitando proibir o Bitcoin. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11) pelo jornal chinês “South China Morning Post”.

Um documento elaborado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) prevê a proibição de atividades de mineração de criptomoedas, entre as quais o Bitcoin.

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O documento da NDRC apresenta emendas ao plano econômico do gigante asiático. Entre as outras coisas, o texto determina quais atividades devem ser incentivadas e quais devem ser proibidas.

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Se a proposta de proibição do Bitcoin for acatada pelas autoridades locais, os empresários que mineram se aproveitando do baixo custo de energia elétrica no país poderiam encerrar suas atividades.

Questão do alto consumo de energia

Uma das questões mais problemáticas é ligada ao consumo de energia para a mineração. Um problema que pode inibir o desenvolvimento de outras indústrias, absorvendo muita energia. Além disso, geraria poluição, principalmente em áreas atendidas por usinas termoelétricas.

Por isso, o documento da NDRC considera a mineração de criptomoedas como uma atividade “indesejável” para a China. Essa categoria de atividades podem sofrer uma série de restrições. Em primeiro lugar não podem comercializar seus produtos. Além disso, podem ser sobretaxadas na conta de energia elétrica, aumentando assim o custo da mineração de criptomoedas.

Banco central chinês proíbe criptomoedas

O Banco Popular da China, o “banco central” de Pequim, já proíbe diversas atividades ligadas as criptomoedas. Com essa proibição, todas as empresas do setor financeiro que atuam no mercado chinês não podem fornecer empréstimos para esse tipo de atividades.

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Risco de segurança

Se a China bloquear a mineração de criptomoedas poderia gerar sérios problemas de segurança. A rede do Bitcoin depende, em parte, do volume de processamento dedicado à sua manutenção. Se esse volume se reduzir, os participantes da rede da criptomoeda poderiam levar adiante um “ataque de 51%”. Um tipo de golpe baseado no uso duas vezes da mesma moeda.

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Além disso, uma rápida redução do processamento de Bitcoin também poderia deixar as transações mais lentas. A criptomoeda sofre ajustes de dificuldade periódicos para concluir as transações. Esses ajustes são, em média, a cada 10 minutos. Quando há mais mineradores operando, a dificuldade aumenta. Ao contrário, com menos operadoras é reduzida. Se a China bloqueasse completamente a mineração não haveria poder de processamento suficiente para concluir o processo em 10 minutos.

Carlo Cauti

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