Campos Neto diz que BC ‘fará o que for preciso’ para levar inflação à meta

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, frisou nesta sexta (30), durante participação na Expert XP, em São Paulo, que a autarquia fará o que for preciso para levar a inflação ao centro da meta, de 3%.

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Segundo Campos Neto, a despeito de o último dado de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de agosto, ter vindo melhor, a inflação ainda requer atenção.

“Apesar do último número melhor, a inflação requer atenção”, disse.

“A atividade segue forte na ponta e não existe evidência de que o mercado de trabalho está em ponto de inflexão”, completou.

‘Se for preciso, BC vai subir taxa Selic mesmo sem mim’, diz Campos Neto

Em evento do BTG Pactual, também em agosto, o presidente do Banco Central chegou a declarar que o rumo da política monetária – incluindo novos ajustes na Selic – continuará o mesmo ainda que ele deixe o seu cargo.

“O Banco Central vai subir os juros [Taxa Selic] se for preciso, independente de eu estar ou não no BC”, declarou Campos Neto durante o Macro Day.

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As declarações do atual presidente do Banco Central vem após afirmações de que a autoridade monetária mantém uma alta da Selic ‘na mesa’ por parte do atual diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo.

Durante o Macro Day, Campos Neto ainda apontou que o BC precisa reforçar a mensagem de que suas decisões são técnicas para ganhar credibilidade.

Nesse sentido, Campos Neto aponta que é ‘obrigação do BC’ perseguir a meta de inflação.

Segundo o presidente do BC, esse posicionamento colaborou para a redução do prêmio de risco.

Em um passado recente, uma das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) teve um ‘racha’, com diretores indicados pelo atual governo votando por um corte da Selic maior enquanto os demais (maioria) votaram por um corte menor – e também dentro das expectativas do consenso de mercado.

Com isso, o BC teve sua credibilidade momentaneamente fragilizada, já que o mercado passou a ficar cético quanto sobre o quão técnica seria a autoridade monetária quando a maioria dos diretores passasse a ser indicada pelo atual governo.

Nesse sentido, Campos Neto disse nesta que construir credibilidade é um ‘trabalho de longo prazo‘.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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