Ícone do site Suno Notícias

Câmara começa análise da reforma da previdência dos Militares

IFI pontua necessidade de corte no orçamento para evitar furo do teto

IFI pontua necessidade de corte no orçamento para evitar furo do teto

Foi instalada nesta quarta-feira (14) a comissão especial da Câmara dos Deputados que irá analisar o projeto de lei que reorganiza o sistema de Previdência dos militares das Forças Armadas.

A proposta de reforma da previdência dos militares, entregue ao Congresso no fim de março, aumentará o tempo de serviço dos oficiais ativos e também a alíquota de contribuição da categoria. Segundo o Ministério da Economia, a economia líquida deve superar R$ 10 bilhões em 10 anos.

O deputado José Priante (MDB-PA) e Vinícius Carvalho (PRB-SP) foram eleitos e oficializados como presidente da comissão e relator da proposta, respectivamente.

O vice-presidente será eleito na próxima reunião da comissão.

Bancada Militar defende a proposta

O deputado Capitão Augusto (PL-SP) afirmou: “Não nos consideramos nem melhores nem piores do que os civis, mas somos obviamente diferentes. Por isso, temos de ter tratamento diferente”.

“O militar está apto a ir para guerra e o nosso policial vai para a guerra todos os dias. E quando alguém vai para a guerra, como o militar vai para a guerra, ele precisa de uma proteção, uma proteção para a sua família, porque ele sabe que ele pode morrer a qualquer momento e ele precisa deixar protegido toda a sua família, porque senão ele não vai ter o mesmo afinco no combate”, disse o deputado Capitão Alberto Neto (PRB-AM).

Se o texto for aprovado pela maioria da comissão (que conta com 34 integrantes titulares e mesmo número de suplentes) poderá seguir direto para o Senado, sem análise do plenário, por conta do caráter terminativo da comissão.

 Saiba mais: Previdência já teria votos necessários para aprovação no Senado

Caso 51 deputados, no mínimo, assinem um pedido para que o debate passe pelo plenário, a proposta teria que passar pela câmara.

PRÓXIMOS DIAS

O cronograma dos próximos passos é o seguinte:

PMs e Bombeiros ficam de fora do texto da Previdência

Diversos policiais militares e bombeiros dos estados estavam presentes na sessão. Ambas categorias ficaram de fora da reforma da previdência (PEC 6), aprovada em julho e também não aparecem no texto tramitado nesta quarta.

O presidente da comissão afirmou em declaração: “O projeto que foi encaminhado para o Congresso versa sobre a carreira dos policiais militares das Forças Armadas. Evidentemente que com a responsabilidade que temos já que as policias militares são forças auxiliares às Forças Armadas nós temos que ter um olhar especial com a questão relativa aos policiais militares, que ficaram de fora da PEC 6”.

Senado define calendário da tramitação da reforma da Previdência; Confira 

Em relação à inclusão das duas categorias no projeto, Priante se mostrou favorável a uma solução para o caso.

“Eu defendo que as polícias militares merecem tratamento especial por tratar-se de uma situação especialíssima, no que diz respeito ao retrato da segurança pública”, disse o deputado.

O deputado Vinícius Carvalho, relator da proposta, disse ainda ser possível a inclusão das duas categorias no texto: “Sim, é possível, desde que a comissão aquiesça essas emendas para o relatório”.  “Qualquer emenda que se traga temos de observar o impacto. Aqueles que querem apresentar a emenda devem inclusive trazer a justificação, e dentro da justificação, mostrando o impacto que ela pode trazer para a União. O nosso foco é um projeto da União”, afirmou o deputado federal.

Previdência dos Militares aumentará a alíquota

Foram propostas diversas mudanças na contribuição previdenciária dos militares.
O projeto inclui um aumento da alíquota em 3%, saindo dos atuais 7,5% para 10,5% sobre o rendimento bruto, contando com categorias como:

A alíquota passará por uma transição em 2020 de 8,5%; em 2021 de 9,5%; até chegar a 10,5% em 2022.

Pensionistas, cabos e soldados, e também ativos e inativos contribuirão com 3,5% para o fundo de saúde. Portanto, a alíquota desses grupos poderá chegar a 14% em 2022, somando o fundo de saúde e o sistema de proteção social. Estudantes de escolas de formação, são isentos da alíquota do fundo de saúde.

Outras mudanças presentes no texto são:

A reforma da previdência dos Militares não têm data marcada para conclusão da sua análise.

Sair da versão mobile