Caixa promove financiamento imobiliário atrelado a juro prefixado

A Caixa Econômica Federal, a maior provedora de crédito imobiliário do Brasil, irá inciar uma linha de financiamento com taxa de juros prefixada. Essa modalidade de crédito ainda não existe no Brasil.

Entretanto, esse produto será um pouco mais caro para o cliente do que um financiamento ligado à taxa referencial (TR), assim o banco poderá cobrir alguns dos seus riscos. A Caixa ainda está estabelecendo a modalidade.

Pedro Guimarães, CEO da estatal, afirmou que esse é um passo urgente, uma vez que a poupança, cujos recursos são atualmente a fonte mais barata do crédito imobiliário, está sob pressão. Ainda segundo ele, no entanto, os contratos atuais não são imunes à inflação. “Há uma falsa sensação de segurança”, disse, segundo relatou o jornal Valor Econômico”.

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Com os cortes que vem realizando nos juros da Caixa, Guimarães conquistou a confiança do governo. Frequentemente o presidente aparece em “lives” do mandatário, que o chama de “exterminador de bancos”.

Todavia, o executivo salienta que não tem pretensões políticas, dizendo que “é técnico”. Especialista em instituições bancárias, em seu primeiro ano de gestão, decifrou os problemas da instituição e suas ineficiências.

Caixa devolverá ao menos R$ 10 bi ao Tesouro

Guimarães, afirmou, na última quarta-feira (22), que a Caixa devolverá ao menos R$ 10 bilhões para o Tesouro Nacional neste ano.

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Segundo o presidente, a projeção de R$ 10 bilhões está baseada nos resultados financeiros das operações da Caixa em 2020. Dessa forma, o valor devolvido ao Tesouro pode ser ainda maior caso o banco obtenha resultados positivos em alguns eventos aguardados para este ano, sendo eles:

  • IPOs das unidades de seguros e cartões de crédito;
  • venda de participação no banco Pan;
  • criação de dois fundos imobiliários com ativos próprios.

“Se realizarmos as aberturas de capital, devolveremos mais e mais rápido”, afirmou o presidente da estatal.

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No ano passado, a Caixa devolveu R$ 11,3 bilhões aos cofres públicos. O montante faz parte de um acordo entre o CEO do banco e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para reequilibrar as contas públicas e tirar o banco de operações consideradas como “loucura” por Guimarães.

Jader Lazarini

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