BTG Pactual (BPAC11) vê solidez na Gerdau (GGRB4) e reitera recomendação de compra

Em meio a uma deterioração do preço de ativos dos setor de siderurgia, o BTG Pactual (BPAC11) reforçou a recomendação de Compra para a ação da Gerdau (GGBR4), com preço-alvo de R$ 43,00, em razão do ambiente operacional saudável e fundamentos sólidos.

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Após conversa com a direção da companhia, o banco projetou dados robustos de vendas no terceiro trimestre. A estimativa para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Gerdau no período é de R$ 6 bilhões.

As margens Ebitda nos Estados Unidos mostram-se acima de 20% e o BTG Pactual prevê uma nova expansão no terceiro trimestre, para cerca de 25%. A perspectiva parece positiva diante da alta dos spreads metálicos e do plano de infraestrutura do presidente Joe Biden.

Para os últimos três meses do ano, a carteira de pedidos continua sólida, na visão do banco, apesar de impactos sazonais nos volumes, não registrados em 2020. A siderúrgica espera a manutenção do impulso, dado o potencial aumento de pedidos de construção e de consumo de aço industrial.

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Quanto aos preços, a empresa não estima novos saltos, porém vê poucas desvantagens nos níveis atuais. Nos cálculos do BTG Pactual, os preços poderia registrar alta, devido ao cerco da China à produção de aço no país e à queda dos estoques de vergalhão.

Os preços dos metais descartados estabilizaram-se, porém apresentam tendência de baixa, o que deve elevar os custos da Gerdau. Paralelamente, a derrocada do preço do minério de ferro também deve aumentá-lo, mesmo que limitadamente. O preço do carvão em alta, uma das principais matérias-primas para a unidade de Ouro Branco, será ponto de pressão no futuro, avaliou o banco.

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BTG Pactual enxerga Gerdau negociada com desconto

Na análise do banco, o mercado está descontando uma queda nos resultados da empresa, a qual o BTG Pactual teve dificuldade de enxergar no momento. A ação da Gerdau negocia a um múltiplo EV/Ebitda de quase 3x.

Nos últimos cinco meses, o papel registrou desvalorização da ordem de 21,48%. Por volta das 16h de hoje, a preferencial da siderúrgica subia 1,75%, a R$ 27,36.

Além disso, a direção da Gerdau, embora não preveja alterações na política de remuneração ao acionista, disse que poderia antecipar dividendos, caso a reforma tributária seja aprovada no Brasil.

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Arthur Guimarães

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