Qualicorp (QUAL3), Hapvida (HAPV3)… BTG prevê um “3T22 desafiador” para o setor de saúde

Em relatório publicado nesta quarta-feira (19), o BTG Pactual (BPAC11) fez projeções para o desempenho das empresas do setor de saúde no terceiro trimestre de 2022. As estimativas não são animadores para o segmento.

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O banco manteve recomendação neutra, por exemplo, para Qualicorp (QUAL3), afirmando que os resultados do 3T22 não devem trazer muitas surpresas. “Não deve ser um trimestre catalisador”, escreveram os analistas do banco, que apontam a ação em R$ 9 no próximo ano. A ação da Qualicorp fechou em queda de 6,64% no pregão desta quarta (19), cotada a R$ 7,30.

No documento, o BTG ressaltou que o aumento dos preços dos planos de saúde não deve impulsionar os resultados neste trimestre. Para os analistas, custos trabalhistas, alta na inflação e retomada de procedimentos eletivos podem continuar formando um vento contrário para o setor como um todo.

“Esta temporada de resultados deve ser ditada pelos mesmos desafios, o que significa que o ticket médio estará ainda mais em destaque para operadoras e hospitais”, disseram os especialistas setoriais Samuel Alves, Yan Cesquim, Pedro Lima e Marcel Zambello.

Por outro lado, amparado em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o banco ressalta que houve um aumento no número de clientes, tanto em planos de saúde quanto odontológicos. Isso mostra que a indústria registrou um bom crescimento orgânico nos últimos meses.

“O setor de saúde adicionou 233 mil membros no trimestre (julho-agosto) versus 220 mil nos primeiros dois meses do 3T21, enquanto o setor de seguros odontológicos adicionou 515 mil membros em julho-agosto (1,4 milhão no acumulado do ano)”.

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BTG derruba preço-alvo de Rede D’Or (RDOR3), Hapvida (HAPV3) e Sulamérica (FLRY3)

Tirando a Fleury, as outras companhias do setor saúde tiveram seus preços derrubados, conforme dados a seguir:

  • Rede D’Or (RDOR3), de R$ 46 para R$ 43: prevê resultados sem destaque no terceiro trimestre, com melhor sazonalidade (taxas de ocupação decentes), mas margens menores ao ano e ao trimestre. A ação terminou a sessão negociada a R$ 29,88.
  • Hapvida (HAPV3), de R$ 10,50 para R$ 10: a expansão de clientes pode ser interessante, mas a sinistralidade deve continuar sob pressão, em razão de aumentos de salários e honorários médicos. O papel está cotado em R$ 7,36.
  • SulAmérica (SULA11), de R$ 34 para R$ 31: aposta em um fechamento de trimestre melhor, com uma alta de receita na faixa de 17%. Fusão com a Rede Dor pode ditar o desempenho da ação, e não mais os fundamentos da companhia. Cotação nesta quinta: R$ 22.
  • Fleury (FLRY3) em R$ 17 (cotado hoje a R$ 18,31): são esperados números animadores que devem mostrar um sólido crescimento da companhia. O banco mantém posição neutra, mas afirma ter viés positivo na empresa desde a fusão com Hermes Pardini.

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Wesley Santana

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