BRF registra prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no 1° trimestre de 2019

Nesta sexta-feira (10), a BRF divulgou seu primeiro balanço trimestral deste ano. A companhia anunciou que registrou um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão. Esta perda supera em muito o valor do prejuízo do ano passado, que foi de R$ 62 milhões.

De acordo com a BRF essa queda se deve a venda dos ativos na Argentina, que teve uma baixa contábil de R$ 863 milhões. No entanto, se considerar as operações continuadas, ou seja, excluindo empresas que foram vendidas mas não foram transferidas, o prejuízo seria de R$ 113 milhões.

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Embora os resultados negativos, a empresa afirma que as operações estão evoluindo. “Acreditamos que estamos no caminho certo para atingimento do potencial máximo da rentabilidade da BRF“, diz o CEO e o vice-presidente executivo da companhia, Pedro Parente e Lorival Luz.

A BRF é uma das maiores companhias de alimentos no mundo, com mais de 30 marcas em seu portfólio. Entre elas, a Sadia e Perdigão.

Outro resultados

O Ebtida, lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, teve aumento de 9,3%, atingindo R$ 748 milhões. Além disso, a margem Ebtida teve um crescimento de O,4%, saindo de 9,7% para 10,2%.

A receita líquida cresceu 4,7%, totalizando R$ 7,3 bilhões. Esse aumento, conforme a BRF, se deve ao fato do aumento dos preços promovidos pela própria empresa.

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No entanto, o volume perdido teve uma perda de 4,7%, total de 1 milhão de toneladas. A companhia atribuiu essa perda ao um conjunto de fatores:

  • restrições na Arábia Saudita;
  • redução dos investimentos em trade marketing;
  • e problemas para a obtenção do certificado sanitário internacional no porto de Itajaí.

Défecit causado na Argentina

A BRF deixou de atuar na Argentina após perder R$ 1,2 bilhão em sua atuação no país. A última operação em terras argentinas foi a venda da Campo Austral por US$ 35,5 milhões.

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A BRF fez cinco aquisições na Argentina desde 2011. Gastou quase US$ 480 milhões nas transações, conforme dados do Bradesco. No entanto, a companhia vendeu todos esses ativos entre 7 e 10 de janeiro, obtendo US$ 140,4 milhões. O R$ 1,2 bilhão vem dessa diferença da compra e da venda dos ativos: US$ 340 milhões.

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Última cotação

Na última sessão, nesta sexta-feira (10) por volta das 12h32, a BRF (BRFS3) caiu 2,96% sendo negociada a R$29,28.

Poliana Santos

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