Braskem (BRKM5) assina contrato com Pemex e resolve problema de desabastecimento

A Braskem (BRKM5), por meio da sua subsidiária Braskem Idesa, firmou contrato com a Pemex (Petróleo Mexicanos), empresa estatal do México, em que se compromete a aumentar a compra de etano da estatal, apoiar um projeto de construção de um terminal de importação do gás e também quita pendências contratuais anteriores com a empresa.

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A crise entre a Pemex e a Braskem se estende desde 2020, quando o presidente do México anunciou o cancelamento do contrato de fornecimento de etano firmado entre as empresas. Em dezembro, o governo e a petroquímica brasileira entraram em uma briga de preços e pedidos de revisão dos contratos.

Antes da interrupção, a Pemex e a Braskem Idesa tinham um acordo de 20 anos para o fornecimento de etano (66 mil barris por dia). Em janeiro, a estatal mexicana retomou o fornecimento de forma parcial.

Em comunicado ao mercado desta terça-feira (28), a Braskem informa que o aditivo ao contrato com a Pemex altera o compromisso de volume mínimo para 30.000 barris por dia até o início da operação do terminal de importação de etano, prevista para o segundo semestre de 2024, ou até a data limite de fevereiro de 2025 (com possibilidade de extensões).

O aditivo também estabelece direito de preferência para a Braskem Idesa adquirir todo o etano que a Pemex tiver disponível e que não tenha consumido no seu próprio processo produtivo até 2045.

“Vale ressaltar que o projeto do terminal tem por objetivo complementar o abastecimento de etano no México e viabilizar a operação da Braskem Idesa a plena capacidade, com o acesso a novas fontes de matérias primas”, destacou a petroquímica em comunicado.

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O aditivo e o convênio do terminal estão condicionados às aprovações dos acionistas e credores da Braskem Idesa. Já os investimentos no terminal dependem das instâncias de governança da subsidiária e seus acionistas.

Desentendimento entre a Braskem e o governo mexicano

A Braskem Idesa é uma empresa formada pela associação da Braskem e o Grupo Idesa, uma das principais petroquímicas mexicanas. Antes do acordo para o contrato aditivo com a Pemex, a subsidiária estava envolvida em uma série de desentendimentos com o governo mexicano.

No fim de 2020, a Braskem Idesa anunciou que estava paralisando as atividades no Complexo Petroquímico do México depois de ser notificada pelo Centro Nacional de Control del Gas Natural (Cenagas) sobre a interrupção do transporte de gás natural.

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Na ocasião, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que não renovaria o contrato de fornecimento de gás natural para a Braskem Idesa. Mas a rescisão do contrato poderia obrigar a estatal mexicana a comprar o complexo petroquímico, que recebeu US$ 5,2 bilhões em investimentos pela Braskem.

Última cotação

Na abertura da bolsa de valores nesta terça, a cotação da Braskem apresentava alta de 1,24%, com as ações BRKM5 sendo negociadas a R$ 58,18.

Nos últimos 12, os papéis da Braskem valorizaram 190,12% no Ibovespa, valendo R$ 70,55 na máxima e R$ 19,70 na mínima.

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Monique Lima

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