Grana na conta

Brasil precisa de muito investimento em infraestrutura, diz CIO da Suno Asset

Quando o assunto é o setor de infraestrutura no Brasil, oportunidades não faltam. Assim, as extensas estruturas para geração de energia elétrica, saneamento e transporte no país acabam se tornando um atrativo para o investidor, que pode apostar na área por meio dos FI-Infras, ou fundos de infraestrutura, que possui em sua essência várias vantagens.

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“Não há nada melhor do que você colocar capital para entregar algo que o produtor está sedento por ele. Não estamos falando de coisas complexas. O mercado de infraestrutura é só fazer. O risco de demanda é muito menor. Existe frustração de receita, mas ela é menor do que nos outros setores”, aponta Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, em live da Semana de Fi-Infras do Grupo Suno.

O portfólio desses fundos é composto por debêntures incentivadas e títulos de dívida do setor privado, desde que sejam associados aos projetos de infraestrutura. Por sua vez, o mercado espera uma maior rentabilidade desses proventos, já que os títulos públicos possuem menor risco.

“Os FI-Infra, por serem fundos de renda fixa, só podem comprar títulos de renda fixa. Por regulação, não precisa se enquadrar nos 180 primeiros dias. A partir do dia 181, ele [o investidor] deve deter 67% em debêntures incentivadas e, depois de dois anos, 85% da carteira em debêntures incentivadas”, destaca Duarte.

Os FIs-Infra investem tanto em renda fixa quanto na renda variável, apesar de serem classificados como ativos de renda variável. Neste contexto, há uma diferença entre investir em ações de infraestrutura e fundos de infraestrutura, explica o CIO.

“Quando você compra uma ação, não está escrito quanto vai ser o dividendo, por exemplo. Já quando você compra um FI-Infra, você tem uma remuneração pré-determinada. Em sua essência, você está investindo em algo com maior previsibilidade, mais estável, e as ações são mais voláteis”.

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Mesmo assim, como qualquer fundo de investimento, eles não estão isentos de riscos. Segundo Duarte, na média, os FI-Infras são menos arriscados do que os Fiagros, voltados para o agronegócio – apesar das duas áreas estarem ‘umbilicalmente’ ligadas – e FIIs, voltados para o ramo imobiliário, por exemplo. 

“Investir em logística para atender ao agro não vai faltar demanda. Existe um risco em relação à demanda por cargas nas rodovias não saírem como o esperado, mas não vejo esse risco maior do que na média dos outros setores”, diz, acrescentando que a infraestrutura depende do agronegócio, já que este setor contribui de forma bastante acentuada para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, por exemplo.

Por fim, segundo Vitor, há uma disparidade muito grande do Brasil no quesito competitividade, mesmo tendo uma boa posição no PIB global, o que pode ser uma oportunidade para quem deseja investir em FI-Infras.

“O Brasil não é um país competitivo. Nós temos uma economia grande, mas não fazemos coisas com eficiência. Isso é um prato cheio para quem investe em infraestrutura, e o Brasil precisa de muito investimento na área”, finalizou.  

Perdeu as lives da Semana de Fi-Infras do Grupo Suno? Clique aqui para conferir a conversa com Kiko Hirano, apresentador do canal “Dicionário do Investidor” e aqui para assistir a conversa com Álvaro Matheus, apresentador do canal “O Sócio Investidor”.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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