BP, gigante de óleo e gás, tem primeiro ano de prejuízo em uma década

A BP, multinacional britânica que é uma das sete maiores do setor do mundo do setor de óleo e gás, reportou nesta terça-feira (2) seus resultados do quarto trimestre de 2020. A queda de demanda de energia causada pela pandemia e da negociação de combustíveis fez a empresa ter seu primeiro ano de prejuízos em uma década.

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Os bloqueios e proibições de viagens por conta da pandemia do coronavírus atingiram diretamente o resultado da BP. O lucro líquido foi de US$ 115 milhões no intervalo de outubro até o fim de dezembro, aquém das expectativas dos analistas, que esperavam algo próximo a US$ 370 milhões.

No acumulado de 2020, o prejuízo foi de US$ 5,7 bilhões, ante um lucro de US$ 10 bilhões em 2019. Segundo declaração da empresa, esse déficit foi causado, principalmente, pelo colapso do preço da energia, pela redução do valor do petróleo e do gás e pela demanda reduzida.

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A BP afirmou que o desempenho trimestral foi significativamente afetado pelas menores vendas de combustível e menores margens de refino, em um intervalo em que a região onde atua viu os casos de coronavírus e a restrições avançarem.

Expectativa para 2021 da BP é que demanda por petróleo se recupere

Para 2021, a BP acredita que a demanda se recupere. A empresa espera se beneficiar dos preços mais altos do petróleo e do gás no futuro. As vendas de combustíveis, entretanto, deve continuar sob pressão.

Apesar da recuperação do preço desses commodities, que seguiram o mercado após o avanço das vacinas, o valor ainda está descontado. O petróleo Brent, por exemplo, atualmente é cotado em cerca de US$ 55 o barril, ainda longe dos US$ 70 registrados no período pré-pandemia.

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Além disso, a pandemia está acelerando a transformação do consumo e das empresas. A BP, em fevereiro de 2020, se comprometeu a ser uma empresa com emissões zero até 2050.

Na próxima década, a empresa tem a meta de reduzir a produção de combustíveis fósseis, vender ativos e se reestruturar totalmente. Para mudar o negócio, a BP cortou recentemente sua distribuição de dividendos, reduziu os gastos de capital, cortou gastos de capital e garantiu linhas de crédito.

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Vitor Azevedo

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