Bolsas caem na Ásia e na Europa após tarifas de aço e alumínio anunciadas por Trump
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em queda nesta segunda-feira (2), no primeiro pregão após o presidente Donald Trump ameaçar dobrar tarifas sobre o aço e o alumínio e em meio a sinais de tensões nas discussões comerciais entre EUA e China.

O índice Taiex caiu 1,61% em Taiwan ao voltar de um feriado, a 21.002,71 pontos, e liderou as quedas na região, enquanto o japonês Nikkei recuou 1,30% em Tóquio, a 37.470,67 pontos, e o Hang Seng cedeu 0,57% em Hong Kong, a 23.157,97 pontos.
O sul-coreano Kospi, por sua vez, ficou praticamente estável em Seul, com alta marginal de 0,05%, a 2.698,97 pontos. Na China continental, não houve negócios devido a um feriado. Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho e o S&P/ASX 200 caiu 0,24% em Sydney, a 8.414,10 pontos.
Na manhã europeia, as principais bolsas também operavam em baixa. Por volta das 7h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,41%, a 546,43 pontos.
Bolsas caem: o que Trump anunciou?
No começo da noite de sexta-feira (30), Trump anunciou planos de dobrar as tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio, para 50%, a partir de quarta-feira (4). “Não vamos permitir que o aço seja vendido no exterior sem a devida proteção. As taxas protegem o aço dos EUA contra dumping. Ninguém vai evitá-las”, disse o presidente em discurso na fábrica da US Steel em Pittsburgh.
Segundo ele, o próprio CEO da US Steel pediu ajuda do governo para salvar a empresa. “A China estava inundando o mercado dos EUA, mas vamos evitar o aço de baixa qualidade de Xangai.” Horas antes, Trump acusou a China de ter violado o acordo de trégua comercial fechado entre Washington e Pequim no mês passado, sem fornecer mais detalhes.
Em comunicado nesta segunda-feira (2), a China rebateu a alegação de Trump e acusou os EUA de terem desrespeitado o pacto. No domingo (1), o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, disse à ABC News esperar que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, tenham uma “conversa maravilhosa” sobre as negociações comerciais nesta semana.
Com Estadão Conteúdo