Grana na conta

Bolsas asiáticas fecham mistas com chips no radar; Europa avança com inflação na Alemanha

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com ações de chips ainda beneficiadas por resultados e projeções da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), a maior empresa do mundo no ramo.

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Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,94%, na mínima diária de 127.315,74 pontos.

Liderando os ganhos na região, o índice Taiex subiu 2,63% em Taiwan, a 17.681,52 pontos, com salto de 6,46% da TSMC, que ontem divulgou lucro trimestral maior do que o esperado e projetou forte avanço na receita deste ano, impulsionando empresas do setor na Ásia, assim como nos EUA e na Europa.

O “efeito TSMC” teve continuidade hoje. O japonês Nikkei subiu 1,40% em Tóquio, a 35.963,27 pontos, com ganhos de até mais de 8% dos papéis de semicondutores e outros eletrônicos. Em Seul, chips também impulsionaram o Kospi, que avançou 1,34%, a 2.472,74 pontos. Apenas a Samsung Electronics, empresa de maior peso no índice sul-coreano, teve alta de 4,2%.

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após a mídia noticiar que uma grande corretora suspendeu vendas de ações a descoberto para alguns clientes, segundo a chefe de pesquisa de varejo do Maybank, Sonija Li. O Xangai Composto recuou 0,47%, a 2.832,28 pontos, acumulando perdas de 1,7% na semana, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 0,93%, a 1.686,58 pontos.

O tom foi negativo hoje também em Hong Kong, onde o Hang Seng caiu 0,54%, a 15.308,69 pontos, pressionado por ações de tecnologia e da indústria farmacêutica. Na semana, o Hang Seng sofreu um tombo de 5,8%.

Na Oceania, a bolsa australiana teve bom desempenho, interrompendo uma sequência de cinco pregões de perdas. O S&P/ASX 200 avançou 1,02% em Sydney, a 7.421,20 pontos. Ao longo da semana, no entanto, o índice registrou baixa de 1%.

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Europa avança com PPI da Alemanha

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta sexta-feira, ampliando ganhos do pregão anterior, mas o saldo da semana tende a ser negativo em meio a incertezas sobre a perspectiva dos juros globais.

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h:

Londres (FTSE100): -0,43% a 7.492 pontos
Frankfurt (DAX): +0,30% a 16.617 pontos
Paris (CAC 40): +0,13% a 7.411 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,21% a 9.903 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,30% a 4.466 pontos

Nos últimos dias, comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) esfriaram expectativas de um possível corte de juros na zona de euro ainda neste semestre. Já a presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou que a primeira redução provavelmente virá durante o verão europeu.

Nesta semana, também surgiram dúvidas sobre eventuais cortes de juros no Reino Unido, após dados de inflação ao consumidor (CPI) britânico superarem as expectativas, e também sobre o momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá começar a reduzir seus juros. A hipótese de que o primeiro corte nos EUA virá em março ainda é majoritária, mas por uma pequena margem, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

No noticiário macroeconômico de hoje, as vendas no varejo do Reino Unido apresentaram queda mensal de 3,2% em dezembro, bem maior do que se previa, enquanto a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha caiu em ritmo mais forte do que o esperado, também no mês passado.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano Silva

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