Black Friday deve ter venda recorde de R$ 3,93 bi, mas queda real na receita

A inflação na casa de dois dígitos (+10,67% em 12 meses até final de outubro) deve provocar a primeira queda real nas vendas da Black Friday desde 2016. O dia de megapromoção, realizado tradicionalmente na última sexta-feira de novembro, deve movimentar R$ 3,93 bilhões neste ano.

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A cifra é recorde considerando o início da Black Friday no País, em 2010, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor também representa um salto de 3,8% acima das vendas do ano passado. Mas, se descontada a inflação acumulada em 12 meses, a receita do varejo com a data deve encolher 6,5% ante 2020.

Com custos pressionados de várias matérias-primas e falta de componentes, as chances de o consumidor encontrar barganhas na Black Friday deste ano deverão ser menores.

Poucas chances de desconto

Para avaliar o potencial de descontos efetivos na data, a CNC coletou diariamente mais de 2 mil preços no varejo, agrupados em 34 linhas de produtos, durante 40 dias, até 16 de novembro e comparou com a cotação mínima encontrada.

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Com isso, constataram que 26% dos itens revelaram tendências de redução de preços no período, uma fatia menor do que a registrada na mesma pesquisa feita no ano passado: 46%.

Fábio Bentes, economista-chefe da CNC e responsável pelo estudo, lembra que a inflação em 12 meses naquele período era de 3,9%, bem distante da atual.

Ele também observa que um determinado produto que apresenta altas expressivas, na faixa de 10% no preço mínimo, durante as semanas que antecedem a Black Friday tende a apresentar um baixo potencial de ser vendido com desconto efetivo na megapromoção.

Entre os produtos com maiores chances de descontos reais na Black Friday neste ano estão:

  • headset (fones com microfone),
  • perfume feminino,
  • hidratante,
  • protetor solar e bronzeador, e
  • caixa de som bluetooth.

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Destaques da Black Friday 2021

A Black Friday brasileira, que começou em 2010 no varejo online e depois foi adotada pelas lojas físicas, ganha cada vez mais a adesão do varejo nacional.

Grandes varejistas como Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e outras, já começaram suas campanhas e prometem muitas promoções.

Neste ano, mais da metade do faturamento deve ficar concentrado nos segmentos de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utilidades domésticas, com vendas somadas de mais de R$ 2 bilhões, segundo a CNC.

São Paulo é a unidade da federação que é o carro-chefe das vendas na Black Friday, com faturamento esperado de R$ 1,360 bilhão, seguido por Minas Gerais (R$ 377 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 357 milhões).

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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